Brasília faz 65 anos e celebra história nos espaços de memória

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Brasília é a grande protagonista do mês de abril, quando completa 65 anos de história. Mesmo nova, a cidade tem muita história para contar, relembrar e se redescobrir. No Distrito Federal essa memória não se perde. Mais do que isso, ela está muito bem guardada e contada, seja no Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), seja nas ruas, em locais históricos como o Memorial JK, o Museu Vivo da Memória Candanga e Catetinho.


O Catetinho foi a primeira sede do governo federal oficial no DF | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília


Responsável por abrigar documentos produzidos pelo Poder Executivo e também por abrigar acervos privados de interesse público, o Arquivo Público tem levado essa memória para outros continentes, a exemplo de Portugal. Recentemente, foi firmada a parceria com a Casa da Arquitectura de Portugal para compartilhar os documentos digitais de Lúcio Costa, urbanista responsável por planejar o Plano Piloto de Brasília. Iniciativa que busca preservar a memória e o legado do arquiteto para que futuras gerações possam desfrutar, já começou a ser compartilhado com o ArPDF. A parceria visa criar um acervo digital que reunirá plantas, esboços, correspondências, fotografias, publicações e outros materiais de relevância histórica e cultural, para facilitar pesquisas acadêmicas, exposições e intercâmbio de conhecimentos.



4,5 milhões


número de documentos em pequeno formato no acervo do Arquivo Público do DF



O superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano, ressalta que qualquer registro, em qualquer formato, seja audiovisual, textual ou cartográfico, é fundamental para complementar a história de Brasília. Para ele, tudo é relevante, desde fotos e documentos de pioneiros até registros de um grande gênio como o Lúcio Costa, pois cada peça ajuda a compor uma visão mais completa da cidade e garante a preservação dessa história para futuras gerações.


No Arquivo Público, a história da capital está contada em aproximadamente 6 mil caixas-arquivos, com 4,5 milhões de documentos em pequenos formatos. Além disso, a instituição mantém cerca de 45 mil documentos em grandes formatos, dois milhões de negativos e microfilmes, além de 300 películas e mais de 500 vídeos em diversos suportes.


Memória de Brasília


O Museu Vivo da Memória Candanga preparou uma exposição de fotos especialmente para o aniversário de 65 anos de Brasília | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília


A memória da construção de Brasília está espalhada pelo Distrito Federal. Um desses locais é o Museu Vivo da Memória Candanga. Antes de se tornar um museu, o local funcionava como o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), criado para atender à crescente demanda por serviços de saúde no Distrito Federal. Além de socorrer operários, acidentados nas obras, o hospital também realizava partos e prestava atendimento ambulatorial a crianças e donas de casa. O complexo era formado por 23 edificações de madeira e permaneceu em funcionamento até 1974, quando foi inaugurado o Hospital Distrital, atual Hospital de Base.


“Esse hospital teve Edson Porto como primeiro diretor. A esposa dele, Marilda Porto, ainda vem aqui às vezes. Quando ela entra, se emociona muito, chora… e nunca senta na cadeira dele. É uma memória forte, né? Ele veio pra Brasília justamente para cuidar desses operários”, comenta a gerente do Museu da Memória Candanga, Eliane Falcão. Além dos itens utilizados pelos operários, o espaço conta com uma exposição que resgata a presença feminina na história de Brasília, muitas vezes esquecida.



Somente no último ano, o espaço recebeu cerca de 25 mil visitas. Para comemorar o aniversário de 65 anos de Brasília, o Museu Vivo da Memória Candanga preparou uma exposição com fotos coloridas da década de 1970. São 140 fotos do acervo de Joaquim Paiva que ficarão expostas por cerca de dois meses.


Há também o Museu do Catetinho, que foi a primeira residência oficial do presidente Juscelino Kubitschek. Construído em apenas 10 dias, o projeto de Oscar Niemeyer é um prédio simples, feito de madeira, e conhecido como Palácio das Tábuas. Visitantes encontram referências da época, através da preservação do mobiliário original e outros objetos.


O Memorial JK recebe, em média, 40 mil pessoas por ano | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília


A cidade também conta com o Memorial JK, onde os visitantes encontram objetos que simbolizam a capital, além do acervo pessoal do ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek. Logo na entrada, o impacto inicial vem da estrutura arquitetônica assinada por Oscar Niemeyer, que traduz em formas a força simbólica da história de JK. O visitante é recebido por uma série de fotografias que contam a trajetória dele, desde a vida pessoal, como médico, até a atuação política e encontros com líderes de outros países. Além disso, o espaço revela momentos marcantes da vida e do legado de JK.



O acervo tem cerca de 16 mil itens, entre documentos, fotos, condecorações, roupas, livros e objetos pessoais. “Eu acho que o mais importante do museu é que ele preserva uma história singular, essencial para compreendermos o Brasil de hoje. JK foi um homem que realmente cumpriu o que prometeu. Seu plano de governo, que propunha ‘50 anos em 5’, teve como pilares a educação, a energia, o transporte, a alimentação e a indústria de base. E ele entregou”, destaca o vice-presidente do Memorial JK, André Octavio Kubitschek.


O Memorial JK recebe em média 40 mil pessoas por ano. O espaço promove o programa Museu-Escola, que leva cerca de 20 mil crianças ao longo do ano, principalmente nos períodos escolares, como abril e julho. Os outros 20 mil visitantes adultos, em geral são turistas, estudiosos ou pessoas interessadas na história de Brasília e do Brasil.










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Marco Zero de Brasília ganha visibilidade e resgata história do início da capital

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Nem toda verdade precisa de uma data para se firmar, mas algumas ganham mais força justamente no Dia da Mentira, 1° de abril. Foi nesse dia, em 1957, que a família do arquiteto Joffre Mozart Parada chegou ao Planalto Central. Ele foi o responsável por cravar o ponto de partida da nova capital: o Marco Zero de Brasília. O local serviu como base para a construção do Plano Piloto e, até hoje, é a referência oficial para a medição das quilometragens das vias do Distrito Federal.


“Lembro de uma vez que ele parou comigo, ali mais ou menos no fim da W3 Sul, perto do Corpo de Bombeiros, e falou assim: ‘Vou parar para você fotografar essa imagem.’ E eu disse: ‘Mas estou sem máquina.’ E ele respondeu: ‘Fotografa com a memória.’ E me mostrou uma ruazinha, tipo trilho de carro, no meio do cerrado, e disse: ‘Essa vai ser a avenida mais movimentada. Vai ter comércio de um lado e residência do outro. Grava isso.’ E eu gravei”, narra Gláucia Nascimento, 79 anos, filha mais velha de Joffre.


A família de Joffre Mozart Parada se emocionou com a redescoberta do Marco Zero da capital federal | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília


A família do arquiteto veio de Goiânia e encontrou, no Planalto Central, a promessa de uma futura capital marcada pelo frio intenso e pela poeira constante. “Na época, eu tinha 10 anos e aqui era muito frio. Ventava demais. Aquele vento de deserto, sabe? Fazia um barulho forte. As torneiras e os canos eram galvanizados. E fazia tanto frio que, às vezes, a água simplesmente congelava, você abria a torneira e não saía nada”, recorda Gláucia. A cidade em construção era tomada pela poeira vermelha que cobria tudo. “Brasília inteira era poeira, porque tudo estava sendo construído. Meus irmãos e eu brincávamos nisso, e no fim do dia a perna estava cheia de pedrinhas.”


Gláucia conta que, assim como as irmãs, acredita que a mãe, Mercedes Parada, não tinha plena noção da importância do trabalho do marido, mas sabia que ele trabalhava muito, e fez a poeira se transformar em poesia e na capital que hoje abriga todos os brasileiros e gente de todos os cantos do mundo.


Gláucia Nascimento lembra que ela, ainda criança, ajudou os pais a colorir o primeiro mapa do DF


“Ela ajudou meu pai no mapa de desapropriação das terras. Ele fez o primeiro mapa do DF. Ela usava um planímetro para medir as áreas e eu ajudava colorindo o mapa. Ela me dava as cores e eu pintava as regiões: Taguatinga, Gama, Sobradinho… Está tudo nesse mapa. Tem Vicente Pires, Guariroba, Papuda, Pipiripau, Bananal… até hoje lembro dos nomes. E só 60 anos depois, é que o professor Elias Manoel da Silva, do Arquivo Público do DF, conseguiu provar que o mapa era mesmo do nosso pai”.



O primeiro engenheiro a chegar a essas terras, com a missão de acompanhar de perto a construção de Brasília, costumava ser reservado e não se vangloriava dos próprios feitos. Faleceu novo, aos 52 anos. “É impressionante pensar que, com tão pouco tempo de vida, ele fez tanto, por Brasília e por tanta gente”, afirma a engenheira civil, Thelma Parada, 70, segunda filha de Joffre.


Professor da Universidade de Brasília (UnB), Joffre atuou também como secretário de Estado, quando Joaquim Roriz ainda era prefeito, antes mesmo da criação do cargo de governador. Foi ele quem implantou o primeiro sismógrafo da capital. “Ele gostava muito da área de mineração. A Fercal, por exemplo, que hoje é uma região administrativa, nasceu de uma descoberta dele. Lembro como se fosse hoje: estávamos na cozinha lá de casa, uma cozinha grande, e ele chegou animado dizendo: ‘Descobri uma jazida’, recorda Thelma.


Thelma Parada lembra com carinho do pai: “É impressionante pensar que, com tão pouco tempo de vida, ele fez tanto, por Brasília e por tanta gente”


Por décadas, o disco de metal que marca o centro geográfico e simbólico da capital esteve escondido sob o asfalto. Sem nenhuma sinalização ou reverência, passou despercebido até que, durante obras de recapeamento no Buraco do Tatu iniciadas em 2024, ele foi reencontrado por operários. Para a família, essa redescoberta foi muito emocionante. “A gente sempre soube que ele existia, sabíamos que foi meu pai quem o implantou. O ponto exato, o cruzamento do Eixo Rodoviário com o Monumental”, ressalta Gláucia.



Confirmado por técnicos do DER-DF com base em registros do Arquivo Público, o local recebeu intervenções de preservação: marcações no solo e nas paredes laterais, protegidas contra pichações, e agora, em comemoração aos 65 anos da capital, um novo sistema de iluminação será instalado pela Companhia Energética de Brasília (CEB), com investimento de R$ 70 mil. A entrega oficial da nova ambientação ocorrerá nos próximos dias.


A iluminação utiliza projetores de tecnologia RGB, com até 3 milhões de combinações de cores, permitindo efeitos especiais em datas comemorativas e eventos. O controle é remoto, conectado ao Centro de Comando Operacional da CEB, para garantir segurança, monitoramento e manutenção constantes.


Por trás do Marco Zero


O Marco Zero de Brasília foi redescoberto durante as obras de reforma no Buraco do Tatu e ganhou as redes sociais e uma iluminação inovadora


O Marco Zero de Brasília foi redescoberto durante as obras de reforma no Buraco do Tatu, passagem subterrânea que liga os eixos Sul e Norte da capital. Embora o ponto já fosse conhecido pelo Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), a intervenção urbana trouxe visibilidade ao local onde a cidade foi oficialmente concebida. Trata-se do ponto exato onde os eixos Rodoviário e Monumental se cruzam, fincado em 20 de abril de 1957 pelo engenheiro e topógrafo Joffre Mozart Parada, à época chefe da equipe de topografia da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).


“A cidade foi construída, na sua urbanidade, por Joffre Mozart Parada. Ele é um anônimo na história de Brasília. No papel, o mérito é de Lucio Costa, mas no chão, foi Joffre Mozart Parada que começou o projeto. Com a redescoberta do Marco Zero, a gente pretende honrá-lo e eternizá-lo, de forma concreta, na história do DF”, afirma o historiador do ArPDF, Elias Manoel da Silva.


20/04/2025 - Marco Zero de Brasília ganha visibilidade e resgata história do início da capital










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Aniversário de Brasília terá programação especial para pessoas idosas na Esplanada

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Para celebrar os 65 anos de Brasília, a Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF) promove, na próxima segunda-feira (21), uma manhã dedicada às pessoas idosas, com atividades gratuitas de bem-estar, saúde, cultura e lazer. O evento deve receber mais de 2 mil participantes em um espaço exclusivo na Esplanada dos Ministérios, em frente ao palco principal da festa.

Atividades voltadas para o público maior de 60 anos serão ao lado do palco principal da festa de aniversário da cidade | Foto: Jhonatan Vieira/Sejus

A iniciativa faz parte do projeto Viver 60+, que promove ações contínuas de valorização da pessoa idosa no DF. Ao todo, dezenas de tendas temáticas estarão montadas com serviços e experiências voltadas ao envelhecimento ativo e saudável.

8h30 às 9h – Cantores sertanejos
9h às 9h20 – Alongamento
9h20 às 9h40 – Zumba
9h40 às 10h – Funcional Idosa
10h às 10h20 – Relaxamento com técnicas de respiração, ioga e meditação
10h20 às 10h30 – Louvores com cantores sertanejos





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Menos é Mais e Zé Neto & Cristiano fecham programação de shows na Esplanada nesta segunda (21)

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A música brasiliense dará o tom da festa em comemoração ao aniversário da capital, nesta segunda-feira (21), na Esplanada dos Ministérios. Na exata data em que Brasília completa 65 anos, grandes nomes da cidade, como Menos É Mais, BenzaDeus, e Adriana Samartini prometem agitar o público e encerrar em grande estilo a programação, que começou no sábado (19).


Os shows começam às 14h, com a banda de pagode Doze por Oito. Às 15h10, a roda de samba continua, com a energia do BenzaDeus. Às 16h20, é a hora do axé de Adriana Samartini. Fechando a primeira parte, às 17h30, o forró de Leon Correia fará todo mundo dançar agarradinho.


O grupo de pagode local do Menos é Mais é uma das atrações dos 65 anos de Brasília | Foto: Divulgação


Uma das atrações mais esperadas, o grupo Menos é Mais — nome brasiliense de maior sucesso na atualidade — sobe ao palco às 19h. No repertório, clássicos do pagode, como Melhor eu Ir e Ligando os Fatos, se unem aos hits da banda, a exemplo de Coração Partido, Lapada Dela e Vai me Dando Corda.


Além dos artistas de Brasília, a festa terá ainda representantes de um dos gêneros favoritos dos brasilienses: o sertanejo. Às 21h20, quem se apresenta é a dupla Bruno Cesar & Rodrigo. O encerramento ficará por conta de Zé Neto & Cristiano, donos dos sucessos Notificação Preferida, Barulho do Foguete e Largado às Traças.



Mais atrações


A fé também terá espaço na programação desta segunda-feira (21). Às 10h, no palco da Esplanada, haverá uma celebração gospel, que, a partir das 11h, contará com show do cantor Eli Soares, sete vezes indicado e duas vezes vencedor do Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa.


Para os católicos, também às 10h, haverá uma missa especial pelo aniversário de Brasília e pelo jubileu da arquidiocese da capital, na Catedral. Presidida pelo arcebispo de Brasília, cardeal Paulo Cezar Costa, a celebração terá a presença da cruz usada na primeira missa do Brasil, que está em peregrinação pelo país.


Também na manhã de segunda, às 14h, a Esplanada terá teatrinho infantil e atividades recreativas para crianças.


Todas as atrações são gratuitas. E o público também pode chegar a elas gratuitamente, por meio do programa Vai de Graça. Ônibus e metrô estão operando sem custo entre quinta (17) e segunda-feira (21), inclusive, com reforço nas linhas.










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Música e muita diversão animam o público no primeiro dia da festa dos 65 anos de Brasília

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Milhares de pessoas curtiram a programação do primeiro dia do aniversário de 65 anos de Brasília, neste sábado (19). O megapalco montado na Esplanada dos Ministérios recebeu os artistas Wesley Safadão e Léo Santana, além de nomes locais como a cantora Dhi Ribeiro e as duplas William & Marlon, e Enzo & Rafael. Com o tema “O melhor tempo é agora”, a festa continua neste domingo (20), com O Grande Encontro, Fagner e Mari Fernandez. Na segunda-feira (21), haverá Menos é Mais e Zé Neto & Cristiano. A entrada é gratuita e não há necessidade de retirada de ingresso.


O cantor Wesley Safadão agitou o público na Esplanada dos Ministérios | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília


Este Governo do Distrito Federal (GDF) investiu R$ 15 milhões para promover o melhor aniversário já vivenciado pela população. “O amor que eu tenho por essa cidade, e poder comemorar esses 65 anos, juntamente com os amigos, com as pessoas e com o povo da cidade, é muito importante. Hoje o mais importante é porque o povo está aqui. Com esse programa Vai de Graça conseguimos trazer as pessoas para ver os grandes shows da cidade“, destacou o governador Ibaneis Rocha.


“É o símbolo da paz que nós estamos implantando em Brasília, isso aqui é paz, é união, são famílias, segurança, o pessoal da polícia está aí trabalhando, todo mundo unido, e vai ser uma festa lindíssima nesses três dias, podem contar com isso”, complementou o chefe do Executivo.


A fonoaudióloga Janaína Simões, 43, ficou muito animada quando soube das atrações e, junto ao marido, se sentiu segura de levar as duas filhas para o evento


A vice-governadora, Celina Leão, ressaltou o empenho para que este fosse, de fato, o melhor aniversário da cidade. “As festividades, shows e atrações foram preparados com muito carinho. Essa celebração reflete o trabalho realizado todos os dias por este GDF para levar cada vez mais qualidade de vida para toda a população. Que todos possam aproveitar com a certeza de que faremos da nossa cidade o melhor lugar para se viver”.


Totalmente gratuita e pensada para oferecer segurança, conforto e diversão para todos. A estrutura dos shows inclui um megapalco, telões, passarela para aproximar o público dos artistas, camarotes, área kids e áreas pet, além de uma praça de alimentação e atrações interativas como roda-gigante, tirolesa e um estúdio para youtubers e influenciadores, além de 60 banheiros químicos. A organização foi liderada pelo Instituto Eleva, com apoio da Secretaria de Turismo (Setur-DF).


O eletricista Adriano Silva, 37, escolheu um lugar bem próximo ao palco, para não perder nenhuma atração


“É muita emoção. A festa ficou lotada, várias atrações passaram por aqui, São Pedro colaborou com a gente e não choveu. Então, estamos muito felizes, muito empolgados e vamos estar aqui nos três dias”, destacou o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “É um investimento para Brasília. Os hoteis estão cheios, os restaurantes estão aquecidos com esse movimento que geramos com o evento. Tenho certeza que vai ser positivo para o DF.”


População


Desde a primeira atração até a última, não faltou animação. Antes de subir ao palco, o cantor Wesley Safadão compartilhou o sentimento que é participar de um dos melhores aniversários da capital federal. “Estou muito feliz em estar aqui comemorando essses 65 anos. Estamos juntos sempre. E vamos quebrar tudo hoje”, adiantou o artista que já gravou um DVD na cidade.



A estudante Bruna Heloísa, 12 anos, fez questão de chegar cedo para garantir um lugar na grade. “Umas 17h eu já estava aqui, muito ansiosa para a festa. É a minha primeira vez vendo o show deles e de graça é ainda melhor”, contou.


Acompanhado da esposa e da filha, o eletricista Adriano Silva, 37, também escolheu um lugar bem próximo ao palco, para não perder nenhuma atração. “É uma festa maravilhosa, com uma organização maravilhosa, não tenho do que reclamar”, assegurou. “Chamei todo mundo para curtir o aniversário da nossa cidade, para pular e comemorar bastante. Só alegria.”


Assim que soube do evento, a representante comercial Sheila Souza, 57, decidiu: não ia perder a chance de assistir grandes artistas de modo gratuito. Junto a filha e a neta, ela chegou cedo e curtiu cada parte da programação. “Vim para comemorar nossa querida Brasília. E estarei aqui amanhã para ver Fagner e Alceu Valença”, disse. “Achei tudo muito lindo, muito organizado. Só não fui na tirolesa porque a idade não permite”, brincou.



Diferentemente de Sheila, a estudante Eduarda Simões, 10, fez questão de ir na tirolesa e na roda-gigante. “Achei muito legal, as músicas são muito legais, a tirolesa eu fui, eu amei, a roda gigante está muito legal. A tirolesa deu frio na barriga, mas consegui gravar”, comentou.


A mãe de Eduarda, a fonoaudióloga Janaína Simões, 43, ficou muito animada quando soube das atrações e, junto ao marido, se sentiu segura de levar as duas filhas para o evento. “Senti bastante segurança. Na entrada foi tudo observado, revistaram nossas bolsas. E tá sendo uma coisa nova para elas”, afirmou.


A dona de casa Beatriz Martins, 30, também foi com a família completa e elogiou a organização. “Ter um espaço kids nos motivou muito a vir. Vim com a minha mãe, minha irmã, minha prima, meus três filhos e sobrinhos. Está muito boa a organização, a segurança, está excelente. Um evento bem tranquilo, bem família.


Domingo (20) terá Fagner, Mari Fernandez e o clássico espetáculo O Grande Encontro, com Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. Já na segunda-feira (21), data oficial do aniversário de Brasília, o público poderá curtir shows das bandas Menos É Mais e BenzaDeus, além da dupla Zé Neto & Cristiano, que gravará novo conteúdo audiovisual direto do palco brasiliense.


Gratuidade


O programa Vai de Graça vai garantir o acesso da população às festividades, com gratuidade do transporte público, incluindo ônibus e metrô, até segunda-feira (21). Os passageiros podem utilizar Cartão Mobilidade, Vale-Transporte, Especial (PcD), Idoso (sênior) ou Passe Livre Estudantil para a liberação automática na catraca. Na ausência dessas opções, podem ser utilizados cartões de crédito e débito, sem qualquer cobrança.


Programação


Domingo (20)
14h – Hudson e Felipe
15h – Rock beats
16h10 – Heverton e Everson
17h20 – Miguel Santos
18h30 – Fagner
20h30 – Diggão (Inframérica)
22h – O grande encontro
00h – Mari Fernandez (MTUR)
2h – Encerramento


Segunda-feira (21)
10h – Evento gospel
11h – Eli Lopes
14h – Doze por oito
15h10 – Benzadeus
16h20 – Adriana Samartini
17h30 – Leon Correia (Inframérica)
19h – Menos é mais
21h20 – Bruno César e Rodrigo (MTUR)
22h30 – Zé Neto e Cristiano (MTUR)
1h – Encerramento


19/04/2025 - Música e muita diversão animam o público no primeiro dia da festa dos 65 anos de Brasília










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Drenar DF é o novo capítulo para enfrentar problema crônico

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Ver construções surgindo no Planalto Central foi um sonho que se tornou realidade na década de 1960. Mas, com o passar dos anos e o aumento da população, o aparecimento de novos prédios em Brasília passou a ser motivo de preocupação por conta da infraestrutura de drenagem da cidade, que não acompanhou esse crescimento. “Quanto mais construção vai acontecendo, mais limitação de passagem da água. Ia chegar um momento em que não ia ter como fazer nada”, aposta o aposentado Alfredo Guedes, de 71 anos.


Foi nesse contexto da fala de Alfredo Guedes e pelo desenvolvimento de Brasília que nasceu o Drenar DF, o maior programa de drenagem já executado pelo Governo do Distrito Federal (GDF). No ano em que Brasília completa 65 anos de existência, a iniciativa reinventa a forma como é feita a captação e o escoamento de águas pluviais na capital.


Alfredo Guedes (de azul) chegou a sair temporariamente da SQN 202 por conta das enchentes: “Já vi carros sendo arrastados pela comercial com a força da água, mas o que me fez voltar para lá foi ver que o governo estava trabalhando para solucionar esse problema” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília


Morador de uma das quadras que mais sofrem com as chuvas na Asa Norte, a SQN 202, seu Alfredo conta que o coração falou mais alto do que os problemas de drenagem enfrentados há décadas. Não só isso, mas também ver que os moradores não seriam abandonados. “Em 1976, eu morava na 202. Me mudei para 402 e, depois de um tempo, retornei para a 202, onde vivo agora. Já vi carros sendo arrastados pela comercial com a força da água, mas o que me fez voltar para lá foi ver que o governo estava trabalhando para solucionar esse problema”, conta.


Historicamente as quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402 da Asa Norte eram conhecidas como quadras-problema com as ocorrências de enchentes e inundações em dias de chuvas intensas. Mas esse cenário mudou com a execução do Drenar DF, onde foram investidos R$ 180 milhões nas obras.


“Nenhum governo tinha coragem de fazer esse projeto, que já existia há anos. Mas nós nunca desistimos. Fomos insistindo, indo a encontros e reuniões na Terracap . Todo mundo se juntava para dar essa força. A nossa luta é desde 2014 para solucionar esse problema”, compartilha o aposentado e prefeito da SQN 402, David da Mata, de 66 anos.


David da Mata, prefeito da SQN 402: “Nenhum governo tinha coragem de fazer esse projeto, que já existia há anos. Mas nós nunca desistimos”


A insistência valeu a pena. Hoje, as quadras iniciais da Asa Norte contam com um novo sistema de drenagem de 7,7 km de extensão, projetado para suportar precipitações intensas e conduzir grandes volumes de água até o ponto de escoamento.


“Esse projeto existe desde 2008, pelo menos. Mas este governo é conhecido por pegar problemas históricos e resolver, fazer o que nenhuma outra gestão fez. Há relatos de alagamentos nessas quadras da Asa Norte da década de 1970, que foi só aumentando com o tempo. Foi necessário atualizar o projeto com a realidade de hoje e, em 2019, levamos a ideia para o governador Ibaneis Rocha”, detalha o presidente da Terracap, Izidio Santos.


Para além da intervenção estrutural na captação e escoamento de águas pluviais, o Drenar DF representa valorização imobiliária. “Por muitos anos eu morei na SQN 102. Minha filha continua lá e eu precisei sair por conta do trabalho. Agora, com essa obra entregue, os nossos imóveis serão valorizados. Antes, ninguém queria comprar nada nessa quadra, era impressionante. A 102 era um problema. Agora, ela é uma das melhores para se morar porque não tem mais essa questão de alagamento e está bem próxima de tudo, das autarquias, shoppings, com acesso fácil a qualquer local que você precise ir”, defende o aposentado Elpidio Piccinin, de 76 anos.


O aposentado Elpidio Piccinin destaca a valorização imobiliária trazida pelo Drenar DF: “Antes, ninguém queria comprar nada nessa quadra, era impressionante. A 102 era um problema. Agora, ela é uma das melhores para se morar”


O projeto audacioso conta com galerias que começam na altura da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha), atravessando diversas quadras da Asa Norte, como as 902, 702, 302, 102, 202 e 402, além de cruzar a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), até chegar à L4 Norte. Cabe ressaltar que o sistema abrange o início da Asa Norte, com cobertura até as quadras 4 e 5.


“Essa é uma obra que beneficia não somente os moradores da Asa Norte, mas toda a população que transita pelo Plano Piloto. Tivemos 43 visitas às obras com estudantes, entidades de classe, tribunais, deputados e secretários que puderam acompanhar de perto a grandiosidade e o sucesso do Drenar DF, que foi inaugurado sem acidentes ou paralisações”, diz o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço.


Lazer e meio ambiente



Além de resolver um problema histórico, o Drenar DF também contribui com a preservação do Lago Paranoá, graças à bacia de detenção no final do projeto, no Parque Internacional da Paz. Com 37 mil m² de extensão – o equivalente a quatro campos de futebol – o reservatório tem capacidade para armazenar até 96 mil m³ de água, volume suficiente para abastecer 40 piscinas olímpicas.


“Quando vi a bacia pela primeira vez, a sensação que eu tive foi de alívio, porque a água da chuva que ia lá para a garagem do meu prédio, para a minha quadra, agora vai ficar aqui nesse lugar, para ser direcionada para o Lago Paranoá”, completa o aposentado David.


O novo ponto de lazer e turismo teve investimento de R$ 2,2 milhões e dispõe de 70 mil m² divididos entre estacionamento, calçadas, praça homônima, além de abrigar a bacia de detenção do Drenar DF.


“Esse lugar ficou muito bonito. E uma bacia desse tamanho é para resolver o nosso problema. Agora temos uma estrutura muito bem feita, uma obra muito benéfica para o meio ambiente e para a sociedade”, elogiou o aposentado Alfredo Guedes.


Para construir a Praça Internacional da Paz, foram gerados 200 empregos diretos e indiretos. O projeto urbanístico foi desenvolvido pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) e pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), seguindo normas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


19/04/2025 - Drenar DF é o novo capítulo para enfrentar problema crônico










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Exposições na Esplanada levam público a um mergulho na história de Brasília

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Mais do que curtir as atrações musicais, o público que for à Esplanada dos Ministérios para a festa em comemoração ao aniversário de Brasília vai poder dar um mergulho na história da capital federal. Duas exposições organizadas pelo Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) — Alma e Concreto e A Cidade que Inventei — apresentam imagens da época da construção e rascunhos de Lucio Costa para o projeto do Plano Piloto.


“As pessoas fazem a história, mas o Arquivo Público é quem a guarda para sempre e traz à luz aquilo que de mais importante teve nessa epopeia que foi a construção da nossa capital. Pessoas que não tiveram oportunidade de ver, de participar podem agora, aqui com esta exposição, ter um contato mais direto com quem de fato fez e transformou aquilo que era uma ideia em uma realidade: essa cidade que, 65 anos depois, é uma referência de qualidade de vida, referência de arquitetura, referência para o mundo inteiro”, destacou o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, que visitou as duas mostras na tarde deste sábado (19).


José Humberto Pires de Araújo: “As pessoas fazem a história, mas o Arquivo Público é quem a guarda para sempre e traz à luz aquilo que de mais importante teve nessa epopeia que foi a construção da nossa capital” | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília


“Nós temos a parte cultural, tem o show, tem a música, mas temos também o resgate histórico das origens. Com esse resgate, o governo dá um grande passo para mostrar para a população o quanto a preservação da memória é importante para que a pessoa crie uma identidade, fortaleça seu civismo, fortaleça o orgulho que ela tem pela capital do Brasil, que é maravilhosa e é um Patrimônio da Humanidade”, acrescentou o superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano.


A primeira mostra, Alma e Concreto, é a que reúne fotos da época em que a capital começou a tomar forma, valorizando, sobretudo, os candangos: pessoas de diferentes regiões que vieram para Brasília a fim de colocar a cidade em pé. “Nós conseguimos nesta exposição trazer uma perspectiva diferente. Não queríamos apenas colocar fotografias com prédios, queríamos que os 65 anos de Brasília fossem representados com alma e concreto, ou seja, queríamos resgatar aqueles que trabalharam, aqueles que produziram, aqueles que deram algo de si, sangue, suor e lágrimas. Então, essa exposição tem essa característica toda própria: a gente quis resgatar aqueles que criaram, que bolaram a cidade, mas também aqueles que botaram a mão no martelo, no concreto, nas ferragens”, enfatizou Elias Manoel da Silva, historiador do ArPDF.


Elias Manoel da Silva: “Não queríamos apenas colocar fotografias com prédios, queríamos que os 65 anos de Brasília fossem representados com alma e concreto, ou seja, queríamos resgatar aqueles que trabalharam, aqueles que produziram, aqueles que deram algo de si, sangue, suor e lágrimas”


Lucio Costa


A outra exposição, situada bem ao lado da primeira, traz um acervo que até bem pouco estava distante de Brasília. Rascunhos originais do projeto do Plano Piloto, feitos pelo urbanista Lucio Costa, que antes eram exclusivos da Casa da Arquitectura de Portugal, foram compartilhados digitalmente com o Arquivo Público após assinatura de um acordo, em fevereiro deste ano. Agora, foram impressos em grande escala e estão à vista de todos na Esplanada. O nome da mostra, A Cidade que Inventei, é uma referência ao título de uma publicação na qual o próprio Lucio Costa descreve como projetou a capital.


A história e os rascunhos de Brasília são mostrados nas exposições em cartaz na Esplanada dos Ministérios



Os rascunhos foram colocados ao lado de fotos que mostram como as construções ficaram depois de prontas. “A intenção foi exatamente mostrar que, a partir desse pequeno traço a lápis ou à caneta, tão simples, no verso de um papel timbrado qualquer, ele já tinha ideias fantásticas. Ao lado a gente coloca uma foto que traz uma visão da Brasília daquela época da inauguração para mostrar o quão real se tornou isso, o quanto um traço de um arquiteto, de um urbanista pode virar uma cidade que mexe com a vida de milhões de pessoas”, apontou o arquivista Hélio Júnior, curador da exposição ao lado da historiadora Cecília Mombelli.


As duas exposições ficam abertas ao público deste sábado (19) a segunda-feira (21), a partir das 14h. As estruturas estão montadas no gramado central da Esplanada dos Ministérios, na altura da Catedral Metropolitana de Brasília. A entrada é gratuita e não há necessidade de retirada de ingresso.










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Origem do Teatro Lambe-Lambe é contada em livro produzido em Brasília com fomento do GDF

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Com o objetivo de preservar a memória de uma das linguagens do teatro, o Lambe-Lambe, as integrantes do grupo brasiliense As Caixeiras Cia de Bonecas criaram um livro sobre a origem do movimento. A obra faz parte do projeto Mistura Geral – Artes Cênicas com fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF). O lançamento será na próxima terça-feira (22), às 19h, no Teatro dos Bancários.


O livro Teatro Lambe-lambe: Uma Parição Brasileira foi escrito por três integrantes da companhia, Amara Hurtado, Jirlene Pascoal e Mariana Baeta, em parceria com Denise Di Santos, uma das criadoras da linguagem teatral, e com o jornalista Sérgio Maggio. A obra faz um resgate da história de Denise Di Santos e Ismine Lima, duas mulheres bonequeiras que criaram a iniciativa no Brasil em 1989.


Amara Hurtado, Jirlene Pascoal e Mariana Baeta integram a companhia As Caixeiras Cia de Bonecas | Foto: Divulgação/Tatiana Reis


“O livro surge de uma inquietação das Caixeiras Cia de Bonecas, que é a principal companhia do Centro-Oeste, sobre a origem feminina e nordestina do Teatro Lambe-Lambe que estava sendo colocada em risco. Elas sentiam falta de um documento que marcasse esse território na defesa dessa memória. O livro nasce para marcar esse terreno”, revela Maggio.


Linguagem complexa, o Teatro Lambe-Lambe apresenta narrativas de três minutos num espaço fisicamente minúsculo – a antiga caixa utilizada pelos fotógrafos lambe-lambe –, com projeções, iluminação, interpretação e técnicas de manipulação de bonecos.


“O artista que conta essa história precisa de precisão, intuição e capacidade de explosão de criatividade. Todo mundo pode fazer teatro, mas nem todo mundo pode fazer o teatro lambe-lambe, porque exige o mergulho na prática de conhecimento de bonecos”, explica o jornalista Sérgio Maggio.


Parte da publicação do livro será doada a grupos teatrais e bibliotecas | Foto: Divulgação



Parte das publicações será distribuída para grupos e bibliotecas, enquanto os demais exemplares estarão à venda pelo valor de R$ 50. Durante o lançamento, além dos livros, os presentes poderão conferir apresentações de lambe-lambe.


Teatro Lambe-lambe: uma parição brasileira
Lançamento do livro de Amara Hurtado, Denise Di Santos, Jirlene Pascoal, Mariana Baeta e Sérgio Maggio. Editora Bloco B, 154 páginas, R$ 50.
Data: 22 de abril de 2025, às 19h
Local: Teatro dos Bancários (Entrequadras 313/314 Sul)










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Governo do DF amplia apoio a produtores rurais de baixa renda com transporte gratuito de insumos agropecuários

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O Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), publicou na última quarta-feira (16) a Portaria nº 131/2025, que estabelece novas regras para o transporte gratuito de insumos agropecuários aos produtores rurais do DF. A iniciativa tem como objetivo estimular a produção local, promover o desenvolvimento rural e garantir a inclusão socioprodutiva dos agricultores familiares.


O transporte será realizado de forma gratuita pela própria Seagri-DF e contemplará insumos como adubos, sementes, mudas, calcário, pó de rocha e bioinsumos. A medida deve beneficiar milhares de famílias no campo, reduzindo custos de produção e aumentando a competitividade da agricultura familiar no DF. Além disso, reforça políticas públicas como o programa Produzir, criado pela lei nº 5.288/2013, que busca fomentar a produção agrícola sustentável no Distrito Federal.


O transporte será realizado de forma gratuita pela própria Seagri-DF e contemplará insumos como adubos, sementes, mudas, calcário, pó de rocha e bioinsumos | Foto: Divulgação/Seagri-DF


De acordo com o secretário de Agricultura, Rafael Bueno, a portaria representa mais um passo do Governo do Distrito Federal no fortalecimento da agricultura familiar: “Ao garantir o transporte gratuito de insumos, reduzimos os entraves logísticos que, muitas vezes, impedem os produtores de baixa renda de acessar recursos essenciais para o cultivo e a criação. Com isso, esses produtores poderão aumentar sua produtividade e gerar mais renda no campo. Estamos organizando esse processo de forma criteriosa, transparente e técnica, para garantir que o benefício chegue, de fato, a quem mais precisa”.


A Emater-DF será responsável por instruir os processos no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) e enviar à Seagri-DF, que aprovará ou não as solicitações. O atendimento depende da capacidade operacional da Secretaria e o registro terá validade de até um ano.


O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, explicou que o programa de fomento tem como objetivo apoiar famílias de produtores rurais em situação de vulnerabilidade social e de baixa renda, facilitando o início da produção. Segundo ele, muitas dessas famílias enfrentam dificuldades no transporte de insumos, e a Emater-DF não consegue realizar as entregas diretamente. “Por isso, essa parceria surgiu para melhorar o acesso. E essa portaria normatiza esse processo, estabelecendo critérios para atender essas famílias em suas atividades produtivas”, afirmou.



Quem pode participar


Segundo a portaria, terão direito ao benefício agricultores familiares e beneficiários da reforma agrária devidamente cadastrados no Cadastro Único (CADÚnico), com renda familiar de até três salários mínimos e assistência técnica da Emater-DF. Também podem participar associações e cooperativas que representem esses públicos, desde que possuam documentação atualizada como a DAP ou o CAF.


O atendimento será feito por ordem de prioridade, com destaque para Assentados do Prat e do Incra, Produtores vinculados a programas como o Pnae, PAA e Papa e Famílias com menor faixa de renda. O transporte será disponibilizado após abertura de edital de inscrição, que poderá ser publicado semestralmente. Os produtores interessados devem se dirigir ao escritório local da Emater-DFcom a documentação exigida, como o NIS, folha resumo do CADÚnico e comprovantes de aptidão. O benefício terá validade de um ano, podendo ser renovado conforme edital.


Além dos beneficiários individuais, instituições de ensino, pesquisa e órgãos públicos também terão a possibilidade de solicitar o transporte de insumos, desde que encaminhem a solicitação diretamente à Seagri-DF. A secretaria reforça que os materiais fornecidos devem ser utilizados exclusivamente nas propriedades rurais beneficiadas. Em caso de desvio ou comercialização irregular dos insumos, o produtor poderá enfrentar severas penalidades, que incluem a suspensão do benefício por até cinco anos e a imposição de sanções.


*Com informações da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF)










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Ônibus do transporte público coletivo do DF são adesivados em homenagem aos 65 anos de Brasília

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O transporte público coletivo do Distrito Federal homenageia os 65 anos de Brasília operando com alguns ônibus adesivados, especialmente para lembrar a data. A arte dos adesivos foi elaborada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) e a programação visual envolve desenhos que lembram a cultura e o turismo do DF.


Doze ônibus da Viação Pioneira foram adesivados em comemoração ao aniversário de 65 anos de Brasília | Foto: Divulgação/Semob-DF


“A participação efetiva dos ônibus nas homenagens ao aniversário de Brasília é um registro da importância do transporte e da mobilidade nas atividades econômicas e sociais da cidade. Sugerimos ilustrações com os monumentos turísticos e os símbolos culturais da capital, remetendo aos tradicionais azulejos de Athos Bulcão, que tornaram-se referência em Brasília”, explicou o titular da Semob, Zeno Gonçalves.



A homenagem do transporte público coletivo aos brasilienses é retratada numa ilustração composta pela logo dos 65 anos de Brasília, juntamente com os monumentos e símbolos mais conhecidos da capital, como a Catedral, a Ponte JK, a Torre de TV e a Torre Digital, as tesourinhas e o lobo-guará, entre outros. Ao todo, são 15 desenhos que se repetem nos dois lados dos veículos, sem interferir na identidade visual e nas cores dos ônibus em cada área de operação.


Os veículos adesivados já começaram a circular na cidade. São 12 ônibus da Viação Pioneira, que estão circulando nas linhas que partem das regiões de Santa Maria, Gama, São Sebastião, Paranoá e Itapoã para a área central da capital.


*Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF)










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Projeto Cria Corpo promove residências artísticas gratuitas com apoio do FAC

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Financiado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), o projeto Cria Corpo promove atividades gratuitas voltadas aos amantes da dança, performance, teatro e práticas corporais, independentemente de formação prévia em artes.


Projeto Cria Corpo promove atividades voltadas para dança, performance e teatro | Foto: Djulia Marc/Divulgação


Com foco na experimentação e no encontro de diferentes vivências corporais, a iniciativa terá cinco residências artísticas entre abril e julho de 2025. Segundo os organizadores, a proposta do projeto é valorizar mais o processo criativo do que o resultado final.


“A ideia surge da vontade de criar um espaço no DF em que o foco esteja no processo, na experimentação, na brincadeira e na troca entre pessoas diversas – com ou sem trajetória acadêmica, com ou sem experiência formal com o corpo”, explica a arte-educadora Ava Scherdien, uma das idealizadoras do Cria Corpo. “A gente acredita que o corpo é lugar de aprendizagem constante, e não só um instrumento para entregar um espetáculo pronto.”


A primeira residência será conduzida pelo artista Vitor Hamamoto, com foco na improvisação em dança e movimento consciente. As inscrições abrem neste domingo (20) e seguem até 26 de abril, com aulas presenciais no Sesc Taguatinga Norte.


As próximas oficinas serão lideradas por Márcia Duarte, Aline Sugai, Ava Scherdien e Marcelo Evelin, com assistência de Bruno Moreno, distribuídas entre os meses de maio, junho e julho.



Inscrições


As residências terão, cada uma, duração de oito a dez dias e serão finalizadas com uma mostra aberta ao público, revelando os caminhos percorridos durante os encontros. Além do Sesc Taguatinga Norte, o projeto prevê a utilização de outros espaços culturais do DF, promovendo a descentralização e o acesso às práticas artísticas.


Cada oficina terá um formulário de inscrição próprio, e o número de vagas varia conforme a proposta do facilitador. Os interessados em participar da primeira etapa do projeto podem se inscrever por meio deste link.










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GDF inaugura City Tour Cívico gratuito para turistas e moradores conhecerem a história de Brasília

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Com o objetivo de levar moradores e turistas a uma imersão pela história e pela arquitetura da capital federal, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Turismo (Setur), em parceria com a Brasília Receptivo, criou o projeto turístico City Tour Cívico. A iniciativa foi inaugurada na manhã deste sábado (19) pelo governador Ibaneis Rocha em solenidade no Salão Branco do Palácio do Buriti durante a qual ele anunciou a gratuidade permanente do passeio turístico.


“Inicialmente seria um serviço gratuito só na primeira semana, mas eu pedi ao Cristiano que fosse gratuito permanentemente”, revelou o chefe do Executivo. Serão investidos R$ 5 milhões pela Secretaria de Turismo (Setur-DF) para capitanear o acesso livre por meio de um chamamento público.


Ibaneis Rocha: “A maioria da população do Distrito Federal não conhece a capital da República. Só vem ao Plano Piloto para trabalhar e volta para suas residências” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília


A extensão da gratuidade visa permitir o acesso da população de Brasília e de todo o Brasil à cultura cívica brasileira. “O governo vai fazer isso porque a maioria da população do Distrito Federal não conhece a capital da República. Só vem ao Plano Piloto para trabalhar e volta para suas residências, não tem oportunidade de conhecer os monumentos e não consegue criar essa identidade com a capital que tem tantas belezas”, completou o governador.


A ação integra o calendário oficial de comemorações do aniversário da cidade – iniciado na quinta-feira (17) e com atrações até segunda (21) – e tem como proposta apresentar um novo olhar sobre Brasília, valorizando monumentalidade, diversidade e riqueza cívica.


“Nós programamos essa festa de 65 anos com muito carinho para a população, não só do Distrito Federal, mas de todo o Brasil. O resultado está sendo visto com hotéis cheios. Conseguimos fazer uma boa negociação junto à associação dos hotéis aqui do Distrito Federal, com redução dos preços e nós já tínhamos reduzido o ISS, com a visão de que Brasília tem que se transformar numa cidade turística”, acrescentou Ibaneis Rocha.


O passeio propicia  um novo olhar sobre Brasília, valorizando monumentalidade, diversidade e riqueza cívica


O secretário de Turismo, Cristiano Araújo, ressaltou que o projeto é uma iniciativa importante para o turismo local, que estava carente de ônibus turísticos oficiais. “Estamos fazendo a retomada do turismo cívico para fortalecer o pertencimento e passar a história da capital e do sonho de Juscelino Kubitschek. Isso aqui é uma grande ferramenta para que a gente possa valorizar e contar a nossa história”, comentou.


Passeio


O governador Ibaneis Rocha participou do passeio inaugural ao lado de autoridades e da imprensa. Em uma versão reduzida, o circuito começou e terminou no Palácio do Buriti seguindo pelo Eixo Monumental até a Esplanada dos Ministérios. Um guia turístico ficou responsável por curiosidades e informações sobre a cidade.


“É uma experiência bastante interessante, mesmo para a gente que mora aqui, tem muita coisa ainda para ser contada e vista pelos guias que estão muito preparados. Então vale a pena esse city tour conhecendo, passando pelos principais monumentos da cidade, com explicações que certamente só engrandecem a população e criam esse vínculo ainda mais amoroso com essa que é a nossa capital da República”.


Celina Leão destaca que, além de incentivar o turismo, o novo programa trará novas oportunidades de negócio


Presente também no tour inaugural, a vice-governadora Celina Leão comemorou a iniciativa. “Hoje temos a possibilidade de incentivar o turismo cívico com esse transporte, que para nós é muito importante. Lembrando que esses ônibus serão gratuitos de forma permanente para atender aquele turista que quer fazer esse passeio pelos nossos monumentos. Também estamos aqui incentivando outros tipos de negócios”.


O City Tour Cívico funcionará de terça-feira a domingo gratuitamente a partir da Torre de TV em três horários diários: 10h, 11h e 12h30, com inscrição pelo site Digital Ingressos. O percurso tem duração média de duas horas e será conduzido por guias profissionais bilíngues e trilíngues vinculados ao sistema Cadastur, que foram capacitados pela Setur-DF.


Karine Câmara: “Os turistas e a população do Distrito Federal vão poder ter acesso a um tour grande com paradas e descidas nos principais monumentos de Brasília”


“Os turistas e a população do Distrito Federal vão poder ter acesso a um tour grande com paradas e descidas nos principais monumentos de Brasília, que é uma cidade monumental concebida por Oscar Niemeyer, Lucio Costa, Athos Bulcão e Burle Marx ー todos esses grandes que fizeram Brasília. Então, a gente vai mostrar de forma explicativa em português, inglês e espanhol”, explicou a sócia e representante da Brasília Receptiva, Karine Câmara.


O circuito conta com marcos históricos, culturais e arquitetônicos da capital, como Congresso Nacional, Memorial JK, Praça dos Três Poderes, Palácio da Alvorada, Catedral Metropolitana, Praça do Buriti, Praça dos Cristais, Parque da Cidade e Esplanada dos Ministérios. Além disso, os participantes terão momentos para fotos, contemplação e lanche em paradas estratégicas.


Aniversário de Brasília


Com o tema O melhor tempo é agora, o aniversário de Brasília promovido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) terá uma programação diversificada. Até o dia 21, a população poderá usufruir dos programas Vai de Graça e Lazer Para Todos, que oferecem gratuidade no transporte público e no acesso ao Jardim Botânico e ao Zoológico de Brasília. Os shows ocorrerão a partir do dia 19 na Esplanada dos Ministérios reunindo atrações de renome nacional, como Léo Santana, Wesley Safadão, O Grande Encontro, Fagner, Mari Fernandez e Zé Neto & Cristiano, e artistas locais, a exemplo dos grupos de pagode Menos É Mais, BenzaDeus e Doze por Oito, durante três dias.



Os equipamentos públicos culturais prepararam um calendário especial. Cine Brasília, Teatro Nacional Claudio Santoro e o Museu Nacional da República terão atrações gratuitas de 19 a 21 de abril



Os equipamentos públicos culturais prepararam um calendário especial. Cine Brasília, Teatro Nacional Claudio Santoro e o Museu Nacional da República terão atrações gratuitas de 19 a 21 de abril, com curadoria da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF.


Eventos religiosos também integram a programação. Este ano, a Via Sacra ocorreu na sexta-feira (18), no Morro da Capelinha, com participação efetiva dos órgãos do GDF. A missa em ação de graças a Brasília será celebrada na segunda-feira, às 10h, pelo arcebispo Dom Paulo Cezar na Catedral Metropolitana de Brasília.


Gastronomia e esporte complementam a festividade, com os festivais Restaurant Week, entre 14 e 27 de abril, Comida di Buteco, com programação de 11 de abril a 4 de maio, e a Maratona Brasília, nos dias 20 e 21.


City Tour Cívico
Data: Funcionamento de terça a domingo
Horários: 10h, 11h e 12h30 (duração média de 2h)
Embarque: Torre de TV
Inscrição gratuita: digitalingressos.com
Informações: www.brasiliareceptivo.com.br


Itinerários



Itinerário 1: Feira da Torre, Estádio Nacional de Brasília, Ginásio Nilson, Planetário de Brasília, Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Palácio do Buriti, Praça do Buriti, Memorial dos Povos Indígenas, Memorial JK, Praça do Cruzeiro, Quartel General do Exército, Praça dos Cristais, Catedral Rainha da Paz, Câmara Legislativa, Parque da Cidade Sarah Kubitschek, Setor Hoteleiro Sul, Praça Burle Marx, Rodoviária do Plano Piloto, SESI Lab, Biblioteca Nacional de Brasília, Museu da República e Catedral Metropolitana de Brasília. Embarque: Torre de TV;


Itinerário 2: Ministérios, Palácio Itamaraty, Supremo Tribunal Federal e Praça dos 3 Poderes / Espaço Lucio Costa;


Itinerário 3: Casa de Chá;


Itinerário 4: Palácio do Planalto, Teatro Nacional e Conjunto Nacional. Desembarque: Torre de TV.


19/04/2025 - GDF lança City Tour Cívico gratuito para turistas e moradores conhecerem a história de Brasília










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Brasília transforma a infraestrutura urbana para atender aumento da população

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Brasília foi um sonho planejado. E o seu plano era abrigar 500 mil pessoas – o que consta, inclusive, na lei de 1953 que autorizou estudos para a criação da nova capital. Quando o sonho, enfim, virou realidade, os olhos de todo o país se viraram para o Planalto Central, e era natural que milhares de brasileiros desejassem vir para cá. Tanto que, já nos anos 1970, a população do Distrito Federal chegou a 546 mil.


A Avenida da Misericórdia, em Vicente Pires, recebeu investimento de R$ 58 milhões para execução do calçamento; a via também uma ponte de ligação com a Rua 4 | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília


Cumprindo seu intuito de abrigar gente de todos os cantos, a capital se reinventou e expandiu-se para fora do plano original. Com isso, foram surgindo novos complexos habitacionais que, por décadas, careceram de infraestrutura básica – Vicente Pires e Sol Nascente são exemplos clássicos.


Prestes a completar 65 anos, a capital vem se reinventando mais uma vez para garantir que o sonho seja bom para todos. Nos últimos anos, investimentos na casa dos bilhões feitos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em infraestrutura urbana têm levado mais dignidade e qualidade de vida para moradores de todas as regiões.



De 2019 até hoje, mais de R$ 630 milhões foram investidos em obras de urbanização no Sol Nascente, como pavimentação, drenagem, saneamento básico, iluminação pública, calçadas e acessibilidade



São ações como pavimentação, construção e reforma de calçadas, iluminação e drenagem – que podem até parecer simples para aqueles que já as têm, mas que fazem uma diferença enorme no dia a dia de quem precisa delas. Em todo o DF, são mais de R$ 41 milhões investidos na recuperação de 524 km de calçadas, R$ 300 milhões dedicados à modernização de toda a iluminação pública e quase R$ 1 bilhão em obras para melhorar o escoamento de águas pluviais, fora o que foi destinado à construção ou recuperação de asfaltos.


Apenas em Vicente Pires, foram cerca de R$ 500 milhões investidos desde 2019, que resultaram em 300 km de vias e calçadas pavimentadas, 185 km de redes de drenagem, 460 km de meios-fios e 13 lagoas de detenção. Além disso, estão em execução o calçamento da Avenida da Misericórdia, com investimento de R$ 58 milhões, e a finalização de mais uma bacia de contenção.


Os avanços na Avenida da Misericórdia, aliás, são bem conhecidos pelo autônomo e líder comunitário Tiago Heitor Santos. “Eu cheguei aqui em 1993, não existia essa ponte , era muito escasso de fossa e a luz era precária. Aqui, primeiramente, era um setor de chácaras”, lembra. Agora, o cenário é outro: “Foram grandes mudanças. Hoje nós temos luz, temos esgoto, infraestrutura. Vivemos outra realidade”.


O autônomo Tiago Heitor Santos acompanhou de perto os avanços na Avenida da Misericórdia: “Foram grandes mudanças. Hoje nós temos luz, temos esgoto, infraestrutura. Vivemos outra realidade”


A percepção é a mesma da empresária Mariana Ângelo. “Melhorou bastante. Alagava muito antes de fazer a drenagem, já fiquei muitas vezes ilhada. Era chover forte e não dava para sair, mesmo dentro do condomínio era difícil. Meu cunhado até já perdeu um carro aqui na Rua 10”, relata ela, acrescentando que todas essas mudanças ajudaram a atrair comerciantes para a região, o que resolveu um problema crônico dos moradores: a falta de um posto de combustível. “O carro entrava na reserva e a gente já começava a pensar onde teria que ir. Era correr para Taguatinga, Guará, EPTG… Eu nem imaginava que ia ter um posto de gasolina aqui dentro, agora já são três”.


E se tem um setor que cresceu na região nos últimos anos foi o imobiliário. Que o diga a corretora Vitória Natacha Linhares: “Eu vim para Vicente Pires, na verdade, sem conhecer a cidade, sem conhecer como era a estrutura. Então, eu aprendi a amar Vicente Pires desde o começo. Quando eu vim para cá foi tipo um choque. Cheguei aqui sem aquela infraestrutura, com as ruas todas mal acabadas, a gente tendo que passar por lama, por buraco. E eu passei por todo esse processo, desde a construção da pavimentação, a drenagem, o crescimento da cidade com a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a Unidade Básica de Saúde (UBS)… Tudo isso aí eu participei”.


Atualmente, Vitória aponta Vicente Pires como a “região administrativa mais promissora do DF”. Na cidade, ela estruturou sua família e viu seu negócio prosperar, com cada vez mais pessoas buscando imóveis por lá. A corretora confessa até já ter tentado deixar a região, mas sentiu falta, acabou voltando e, hoje, usa expressões típicas do seu ramo para explicar a transformação que vivenciou: “Eu tinha noção que seria algo muito bom, mas não tão bom quanto ficou. A gente pegou na planta e hoje está no alto padrão”.


Moradora de Vicente Pires, a empresária Mariana Ângelo elogia as obras de escoamento realizadas na cidade: “Melhorou bastante. Alagava muito antes de fazer a drenagem, já fiquei muitas vezes ilhada”


De favela a cidade


Por muito tempo rotulado como a “maior favela do Brasil”, o Sol Nascente é outro símbolo da transformação urbana em curso no Distrito Federal. Oficialmente reconhecido como região administrativa por este GDF, o local começou, ainda em 2019, a deixar no passado os dias de abandono e a escrever uma nova história, marcada por dignidade, cidadania e infraestrutura.


A mudança de status não foi apenas burocrática. Com a regularização fundiária conduzida pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF) e pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab-DF), a cidade passou a receber atenção prioritária. De 2019 até hoje, mais de R$ 630 milhões foram investidos em obras de urbanização no Sol Nascente, como pavimentação, drenagem, saneamento básico, iluminação pública, calçadas e acessibilidade.


A corretora Vitória Natacha Linhares costuma dizer que pegou Vicente Pires na planta e que hoje mora em uma cidade de alto padrão: “Eu tinha noção que seria algo muito bom, mas não tão bom quanto ficou”


“O governador Ibaneis Rocha adotou uma visão muito importante para as cidades que cresceram de forma desordenada. Ao regularizá-las, abrimos caminho para levar a infraestrutura necessária e transformar de fato a realidade da população”, afirma o secretário de Obras e Infraestrutura, Valter Casimiro. Segundo ele, o Sol Nascente segue o mesmo modelo de intervenção que ajudou a acabar com os alagamentos em Vicente Pires: regularização fundiária seguida de urbanização.


Ações como essas têm reflexo direto na vida das pessoas. Moradora da Chácara 142 A há 15 anos, Alessandra Morais de Andrade se emocionou ao ver, pela primeira vez, a rua onde mora pavimentada. Para ela, a obra entregue em outubro representou dignidade e liberdade, especialmente para o filho Felipe, de 24 anos, que tem paralisia cerebral.



“Foi um divisor de águas. Antes, a gente vivia no barro, sem acessibilidade. Era impossível empurrar a cadeira de rodas. Só conseguíamos sair de casa com ajuda de quatro pessoas para colocá-lo no carro. E isso só para ir à escola”, conta. “Agora, posso empurrar a cadeira com facilidade. As crianças voltaram a brincar na rua, a jogar bola. Foi uma vitória para a gente.”


Com a nova realidade, a sensação de pertencimento e reconhecimento também mudou. “Hoje, a gente existe. Antes, os Correios nem vinham, tínhamos que dar o CEP de outras quadras. Isso ficou para trás”, aponta. Segundo Alessandra, o impacto das obras vai além da infraestrutura: “Mudou o olhar das pessoas sobre a nossa cidade. Nossas casas se valorizaram, nossas vidas também”.


19/04/2025 - Brasília transforma a infraestrutura urbana para atender aumento da população










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