A volta do ex-ministro Ricardo Barros (PP-PR), ex-líder do governo Bolsonaro, à Câmara dos Deputados abriu uma disputa interna no Progressistas, partido do ex-presidente da Casa Arthur Lira (AL).
A guerra envolve a presidência da Comissão de Agricultura da Câmara. Como noticiou a coluna, Barros retornará a Casa após o Carnaval com a ambição de comandar o colegiado.
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Ricardo Barros (PP-PR) foi líder do governo Bolsonaro na Câmara
Billy Boss/Câmara dos Deputados
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O deputado Evair Vieira de Melo
Agência Câmara
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Deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES)
Luis Macedo/ Câmara dos Deputados
O cargo, entretanto, também é cobiçado pelo deputado federal Evair de Melo (PP-ES), que está há tempos na “fila” para assumir a presidência da Comissão de Agricultura.
À coluna Evair disse que abriu mão do posto em 2024 em prol do deputado Vicentinho Júnior (PP-TO) e que só assumiu a presidência da comissão após Vicentinho ganhar um cargo no governo do Tocantins.
“Vai ter disputa no PP por essa vaga. Estou presidente da comissão. Substituí o deputado Vicentinho Júnior e, regimentalmente, posso ser reconduzido”, disse Evair à coluna.
O deputado capixaba diz já ter avisado ao presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e ao líder da bancada na Câmara, Dr. Luizinho (PP-RJ), sobre sua vontade de ser reconduzido.
“Estou pedindo votos à bancada. Essa decisão final cabe ao líder; minha parte é pedir apoio”, afirmou Evair.
Carnaval é na rua, e a rua é de todos. Proporcionar uma folia na qual todo mundo se sinta confortável e seguro é uma das missões do DF Folia 2025. Na última segunda-feira (3), a região central de Brasília ferveu de tanta gente com os blocos Divinas Tetas e do Amor.
Mais de 50 mil foliões vibraram com o Bloco Divinas Tetas, na última segunda-feira (3) | Fotos: Maria de Aquino/Secec-DF
Quem passou por lá, viu que as palavras de ordem eram respeito e diversidade: pessoas de todas as cores, idades, gêneros e orientação sexual compartilharam o mesmo espaço para celebrar a maior festa de rua do mundo. A festa foi completada pela participação do convidado Alexandre Carlo, vocalista do Natiruts, que cantou vários sucessos do grupo, botando a multidão para cantar em uníssono o reggae que nasceu na capital.
No Museu Nacional da República, o Bloco Divinas Tetas comandou a folia em meio à comemoração dos 10 anos de existência do grupo com mais de 50 mil foliões. No repertório, clássicos da MPB com a levada percussiva que o público já conhece e ama. “Sempre venho, porque gosto da música. Acho tranquilo e seguro”, diz a advogada Rosana Gonçalves, 61 anos. A amiga, Vivian Piveta, 63, estava no Divinas pela primeira vez. “Muito legal e democrático. E tocam muitas músicas que eu gosto. Estou me divertindo muito. É a primeira vez que curto o Carnaval de rua de Brasília”, revela a aposentada.
Rosana Gonçalves levou a amiga Vivian Piveta para conhecer o Carnaval de rua de Brasília
Neste ano, o bloco contou com uma estrutura grandiosa, com um palco geodésico e um sistema de som ainda mais potente que nos anos anteriores, incluindo torres de delay para ampliar o alcance do áudio. Também foi criada uma área PcD elevada e coberta, garantindo mais conforto e acessibilidade. Além disso, estavam de prontidão uma equipe médica equipada, UTIs, mais de 300 banheiros e uma tenda dedicada ao atendimento e acolhimento do público.
“O público viveu uma experiência única, curtindo o repertório tradicional do bloco, repleto de clássicos da Tropicália, e vibrando com as canções do Natiruts, que trouxeram ainda mais energia e alegria para a festa. A recepção foi incrível, e essa edição reforçou o compromisso do Divinas Tetas com a diversidade, a acessibilidade e a celebração coletiva”, comemora a produtora Paula Rios.
Para todos
Diversidade talvez seja a palavra que melhor descreve o Bloco do Amor, também há 10 anos no Carnaval da capital. Cerca de 70 mil pessoas lotaram a Via S2 – ao lado de onde o Divinas Tetas estava acontecendo – e curtiram axé, pop, sertanejo, eletrônico e muito mais por meio de dois trios elétricos.
Bloco do Amor anima o Carnaval de Brasília há 10 anos
“Gosto muito, esse é um dos blocos um dos que mais animam. Me sinto confortável e acolhido e gosto da música”, analisa Morango Araújo, 23, estudante de artes visuais. O namorado, Cris, 22, ia pela primeira vez ao bloco. “Superacessível por ser perto da rodoviária, por isso vem uma maior diversidade de pessoas e me sinto acolhido por causa disso”, observa.
O autônomo Luís Henrique Beserra do Nascimento, 27, e o servidor público Célio Roberto, 54, são vizinhos da mesma rua no Gama. No Bloco do Amor, o encontro foi por acaso. “Primeira vez no bloco, e está massa. A gente gosta é de bagunça e folia”, afirma Luís. Também era a primeira vez de Célio. “Segurança, boa logística, bons banheiros, bons artistas se apresentando e diversidade de pessoas. O bom do bloco é a diversidade sem discriminação”, complementa Célio.
“O DF Folia 2025 vem para mostrar que Brasília é, sim, a capital de todos os brasileiros”
Stéffanie Oliveira, presidenta do Instituto Rosa dos Ventos
“Contando sempre com muita performance, o Bloco do Amor trouxe para a via S2 artistas circenses, dançarines, cantores e cantoras, DJs maravilhosas e uma equipe muito empenhada em recepcionar nosso público com muito amor nessa comemoração. E conseguimos realizar um megaevento sem incidentes”, comemora a integrante do bloco Letícia Helena.
Montadas
O domingo de Carnaval foi de recorde na folia candanga. Também no Museu Nacional, o Bloco das Montadas reuniu cerca de 100 mil foliões, em uma festa que tem como uma das principais bandeiras o respeito pela comunidade LGBTQIA+. “O Carnaval de Brasília tem se consolidado como um espaço de celebração da diversidade, com inúmeros blocos protagonizados por pessoas LGBTQIA+, mulheres e comunidades negras. Essa multiplicidade de expressões reforça a potência e a riqueza do Carnaval no DF, tornando-o cada vez mais representativo e inclusivo”, celebra Ruth Venceremos, presidente do Distrito Drag, coletivo que promove o bloco.
Folia com Respeito
Secretaria de Cultura e Economia Criativa ressalta que o compromisso foi do DF Folia 2025 um Carnaval verdadeiramente inclusivo, organizado e seguro
Há nove anos, a campanha Folia com Respeito trabalha com a prevenção da violência por meio da comunicação entre foliões e folionas e propõe um pacto com organizadores de blocos e trabalhadores do Carnaval por um território mais acolhedor. A campanha oferece também treinamento para trabalhadores do Carnaval e tem conseguido a diminuição de violências contra a mulher e pessoas LGBTs, racismo e demais violências durante a folia no DF.
“No ano passado, não houve registro de violência sexual e assédio contra a mulher nos quatro dias de Carnaval. Essa estatística vai contra o aumento desse tipo de violência em carnavais de outros estados, o que é uma excelente conquista para nos orgulharmos”, informa Letícia Helena, que também é participante da campanha.
DF Folia
Todos os esforços necessários foram depositados no Carnaval de Brasília para que qualquer folião tenha uma experiência alegre e positiva, como a festa tem que ser. O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Cláudio Abrantes, enfatiza que o compromisso da Secec sempre foi o de fazer do DF Folia 2025 um Carnaval verdadeiramente inclusivo, organizado e seguro, no qual a diversidade seja celebrada em toda a sua riqueza.
“Para isso, planejamos uma estrutura que prioriza a acessibilidade, garante mobilidade facilitada com transporte público gratuito e conta com um forte esquema de segurança. Tudo foi pensado para que foliões de todas as idades e perfis possam aproveitar a festa com conforto, respeito e tranquilidade, consolidando esta edição como uma das mais bem-preparadas da história do Distrito Federal”, destaca o secretário.
“É impossível falar de Carnaval sem falar da pluralidade de corpos, crenças, comportamentos, estilos e entre outros aspectos. O DF Folia 2025 vem para mostrar que Brasília é, sim, a capital de todos os brasileiros”, complementa Stéffanie Oliveira, presidenta do Instituto Rosa dos Ventos, organização da sociedade civil (OSC) que realiza o DF Folia 2025 em conjunto com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, afirmou estar pronto para trabalhar sob a liderança do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração ocorre poucos dias após os dois líderes se envolverem em uma discussão no Salão Oval da Casa Branca.
“Não quer paz enquanto tiver apoio dos EUA”, diz Trump sobre Zelensky
Andrew Harnik/Getty Images)
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"Rússia é o inimigo": Zelensky endurece discurso após atrito com Trump
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Donald Trump e Volodymyr Zelensky
Andrew Harnik/Getty Images
“Minha equipe e eu estamos prontos para trabalhar sob a forte liderança do presidente Trump para obter uma paz duradoura”, destacou Zelensky.
“Estamos prontos para trabalhar rápido para acabar com a guerra, e os primeiros estágios podem ser a libertação de prisioneiros e trégua no céu — proibição de mísseis, drones de longo alcance, bombas em energia e outras infraestruturas civis — e trégua no mar imediatamente, se a Rússia fizer o mesmo”, acrescentou.
Zelenskyy reconheceu, ainda, que a reunião na Casa Branca não ocorreu como deveria. “É lamentável que tenha acontecido dessa forma. É hora de consertar as coisas. Gostaríamos que a cooperação e a comunicação futuras fossem construtivas”, alegou.
Na sexta-feira (28/2), Zelensky e Trump discutiram na Casa Branca. Na ocasião, os dois líderes trocaram acusações sobre a condução do conflito e as negociações de paz.
O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) realizou, entre a tarde desta segunda-feira (3) e a madrugada de terça-feira (4), a operação Carnaval Seguro em São Sebastião, Taguatinga e no Parque da Cidade.
A operação Carnaval Seguro faz parte das iniciativas do Detran-DF para garantir a segurança viária durante o período carnavalesco | Foto: Divulgação/Detran-DF
Durante as ações, foram feitas 267 abordagens e aplicados 250 testes de etilômetro, resultando na autuação de 29 motoristas por dirigirem sob efeito de álcool. Além disso, seis condutores estavam inabilitados, cinco circulavam com a CNH vencida, 13 veículos não possuíam o licenciamento regular e sete motocicletas estavam com os escapamentos irregulares. Também foram registradas 33 infrações por diversos motivos, além de 13 remoções de veículos.
A operação Carnaval Seguro faz parte das iniciativas do Detran-DF para garantir a segurança viária durante o período carnavalesco, reforçando a fiscalização e coibindo infrações que possam comprometer a segurança de condutores e pedestres.
A ação contou com um efetivo de 50 agentes de trânsito distribuídos em 16 viaturas, seis motocicletas, cinco guinchos e uma aeronave.
“Eu me senti seguro em ficar e curtir o Carnaval aqui, além de trazer a família e todo mundo junto”, declarou o auditor fiscal Walber Santana, 53, que veio de Goiânia passar o feriado carnavalesco em Brasília. Ele é um entre os vários turistas que decidiram pela capital como destino para aproveitar a programação do DF Folia 2025, iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF). “Vim curtir um Carnaval mais light e descansar. Como eu vi que está muito organizado, policiado e bem seguro, acabei gostando tanto que quero voltar de novo”, concluiu o auditor.
“Brasília é diferente de tudo, é até difícil definir o que eu mais gostei, porque é uma conjuntura de muitas coisas e pontos lindos”, disse Davi Brito, que veio de Paracatu (MG) com a família | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília
A organização e o efetivo montado para garantir a segurança durante os quatro dias de festa chamam atenção de quem vem de fora do Quadradinho. O secretário de Turismo do DF, Cristiano Araújo, afirmou que Brasília se preparou para receber os foliões neste Carnaval: “Nossos equipamentos turísticos estão bem-conservados, a cidade está repleta de blocos de rua e eventos para toda a família e contamos com um forte esquema de segurança para garantir a tranquilidade de todos”.
A segurança da folia foi reforçada este ano. Além da tradicional Cidade da Segurança Pública, montada na Torre de TV, mais de 5,7 mil profissionais foram mobilizados para garantir que o clima fosse só de diversão. O resultado pode ser comprovado com números: balanço parcial da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) aponta redução de 51% na média diária de registros policiais, no comparativo com o ano passado.
Com tranquilidade nas ruas e transporte público gratuito proporcionado pelo programa Vai de Graça, o secretário Cristiano Araújo reforçou a possibilidade de moradores e visitantes conhecerem melhor a diversidade da capital: “Todos podem acompanhar toda a programação e os atrativos da cidade pelo aplicativo ‘Brasília de A a Z’, recém-lançado, que reúne informações sobre o que existe de melhor na cidade”.
“Nossos equipamentos turísticos estão bem-conservados, a cidade está repleta de blocos de rua e eventos para toda a família e contamos com um forte esquema de segurança para garantir a tranquilidade de todos”
Cristiano Araújo, secretário de Turismo
E há programação para todos os gostos. A família do técnico de mineração Davi Silva Brito, 42, veio de Paracatu (MG) para um evento religioso promovido no feriado. “A gente vem para festividade e aproveita para conhecer a cidade. Brasília é diferente de tudo, é até difícil definir o que eu mais gostei, porque é uma conjuntura de muitas coisas e pontos lindos. Fomos à Catedral, ao Congresso Nacional e à Torre de TV pela primeira vez”, detalhou.
Há também quem saiu de longe para curtir especificamente o Carnaval brasiliense, como a dona de casa Maria Pinho, 63. Ela veio de Goiás com a família e não resistiu ao som dos bloquinhos e atrações próximas à Torre de TV. “Vim passear e me divertir um pouco com meus netos, minha filha e meu genro. Não tem nada para fazer em casa, então viemos ver um pouco da movimentação do Carnaval. É uma maravilha, Brasília é um lugar bom e eu gosto de agitação”, ressaltou, animada.
Maria Pinho veio com a família se divertir na capital durante o Carnaval: “É uma maravilha, Brasília é um lugar bom e eu gosto de agitação”
Atendimentos
Para quem chega de fora e precisa de orientações para explorar a capital federal, há os centros de atendimento ao turista (CATs) da Secretaria de Turismo (Setur-DF), que desempenham um papel fundamental, oferecendo informações valiosas sobre a cidade e esclarecendo dúvidas dos turistas, garantindo a segurança e a qualidade do atendimento.
Promovida pelo GDF, a programação do DF Folia 2025 oferece diversão para todas as idades
O secretário de Turismo lembrou que os CATs estarão à disposição de moradores e visitantes durante o Carnaval para esclarecer dúvidas sobre os pontos turísticos e distribuir materiais como folders e mapas. “Nossa equipe está preparada para oferecer todas as informações necessárias para que todos aproveitem ao máximo a experiência na capital”, lembrou.
Durante o fim de semana do Carnaval, os CATs de Brasília registraram 101 atendimentos, recebendo visitantes de diversas partes do Brasil e do mundo. No sábado (1º), a Torre de TV liderou com 22 atendimentos, seguida pelo Aeroporto (20) e a Rodoviária (nove), totalizando 51 registros no dia.
Já no domingo (2), a Torre de TV recebeu 37 visitantes, enquanto os CATs da Rodoviária somaram 13 atendimentos, alcançando 50 no total. Entre os turistas estrangeiros, destacaram-se visitantes de Israel (15), Austrália (dois), Portugal (dois) e China (dois). Além disso, foram distribuídos mais de 100 itens de material informativo, com destaque para mapas turísticos, miniguias e roteiros temáticos como os do Cerrado, do Rock e da Arquitetura.
Confira os horários de funcionamento dos CATs.
→ Aeroporto de Brasília: de segunda a sexta, das 7h às 22h. Finais de semana e feriados, das 8h às 18h → Casa de Chá: de quarta a domingo e feriados, das 10h30 às 19h30. Fechado durante o Carnaval, o espaço volta a funcionar na quarta-feira (5) → 308 Sul: de segunda a sexta, das 8h às 18h → Rodoviária Interestadual: de segunda a sexta, das 7h às 13h e das 13h às 19h. Fins de semana e feriados, das 8h às 18h. → Torre de TV CAT Móvel: fins de semana e feriados, das 9h às 17h.
“Não vou . Não tem sentido pra mim passar sem ela. Todos esses anos eu venho com ela do meu ladinho. Como eu conseguiria? Hoje mais cedo eu falei ‘não vou conseguir’. Quando a bateria começou a tocar eu falei ‘vou embora, não consigo’”, relatou, emocionada.
Pelos Stories do Instagram, ela contou que este ano o Carnaval foi bastante diferente e que passou na escola para retribuir o carinho e homenagens que Lexa recebeu da agremiação. “Emocionalmente, eu não vou conseguir desfilar com a escola, passar do ladinho da bateria, porque a minha cabecinha está meio… bem tensa”, completou.
Como homenagem, a Unidos da Tijuca optou por não colocar outra rainha de bateria no Carnaval. Pelo Instagram, Lexa se mostrou emocionada e foi às lágrimas ao assistir o desfile da escola de samba.
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Um mês após o parto de Sofia, Lexa faz desabafo: "A dor é dilacerante"
Instagram/Reprodução
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Ricardo Vianna exalta força de Lexa após perda de Sofia: "Resiliência"
Instagram/Reprodução
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Lexa e Ricardo Vianna recordaram os momentos difíceis antes e depois da perda da filha, Sofia
TV Globo/Reprodução
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Lexa chorou ao ssistir desfile da Unidos da Tijuca
Reprodução
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"Beirei a morte tentando salvar minha filha", desabafa Lexa
O Carnaval de 2025 no Distrito Federal segue marcado pela segurança e pela redução expressiva nos índices criminais. O transporte público gratuito, oferecido pelo Governo do Distrito Federal (GDF), tem facilitado a mobilidade dos participantes. Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) indicam que desde o início da folia, no sábado (1º), foram registradas 83 ocorrências relacionadas às festividades carnavalescas.
Para públicos de todas as idades, Carnaval tem sido de alegria sem distúrbios no DF | Fotos: Divulgação/SSP-DF
Os números preliminares apontam ainda 41 registros entre a manhã de domingo (2) e a madrugada desta segunda-feira (3). Entre os principais registros estão furtos de celulares (15 casos, representando 36,5%) e apreensões de substâncias entorpecentes e armas brancas (nove casos, equivalentes a 21,9%). Também foram contabilizados episódios de embriaguez ao volante, maus-tratos, furtos diversos e um caso de roubo a transeunte envolvendo a subtração de um celular.
“A secretaria vem acertando com as novas rotinas e realocação de alguns blocos em locais mais seguros, seguindo recomendações do Ministério Público, e com acesso facilitado ao sistema de transporte público, de forma que os foliões possam se divertir e voltar para casa com segurança”
Carlos Eduardo de Souza, subsecretário de Operações Integradas da SSP-DF
Em 2024, o Carnaval se encerrou com um total de 364 casos no período festivo – uma proporção de 72,8 casos por dia. Até o momento, os dados indicam uma redução de 42,9% na média diária de registros policiais, no comparativo com o ano passado.
“A secretaria vem acertando com as novas rotinas e realocação de alguns blocos em locais mais seguros, seguindo recomendações do Ministério Público, e com acesso facilitado ao sistema de transporte público, de forma que os foliões possam se divertir e voltar para casa com segurança”, afirmou o subsecretário de Operações Integradas da pasta, Carlos Eduardo Melo de Souza.
Reforço na segurança
A Polícia Militar (PMDF) tem atuado de forma intensa nas linhas de revista, de forma integrada com o videomonitoramento do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), coordenado pela SSP-DF e com os centros de comando e operações instalados na Cidade da Segurança Pública, no estacionamento da Torre de TV.
Somente no domingo (2), a Polícia Militar (PMDF) apreendeu 142 tesouras, 85 facas, 13 canivetes e seis estiletes, além de outros objetos diversos, como armas de choque, aerossóis, espargidores e um simulacro de arma de fogo.
Ao todo, foram 248 armas brancas retiradas de circulação. Também foram apreendidas porções de maconha, cocaína, haxixe e ecstasy. Seis termos circunstanciados precisaram ser lavrados para porte de arma branca e outros três por uso de substância entorpecente.
Fiscalização
A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) também esteve ativa na fiscalização. O órgão apreendeu 127 garrafas de cerveja do tipo long neck, 56 bebidas destiladas, 17 cigarros eletrônicos e diversos outros produtos que estavam sendo comercializados de maneira irregular por ambulantes sem o devido licenciamento no Plano Piloto. Os ambulantes precisam ser licenciados e não podem comercializar objetos perfurocortantes, tais como garrafas de vidro e espetinhos.
Em Planaltina, um bar foi interditado por funcionar sem a devida licença para executar música eletrônica. Ao todo, durante o domingo, a pasta fiscalizou 16 eventos e fez a interdição de três eventos que funcionavam sem licenciamento. A DF Legal vem observando as licenças de funcionamento, horário de início e fim e estimativa de público.
Ações preventivas
A atuação preventiva contou também com a ação da Polícia Civil (PCDF), que distribuiu três mil panfletos com informações sobre o combate à violência contra a mulher e os canais de denúncia disponíveis. Também foi montada uma delegacia móvel, na área da Torre de TV, para facilitar o registro das ocorrências.
Episódios de consumo exagerado de álcool foram a principal causa dos atendimentos prestados pelo Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros (CBMDF) prestou 43 atendimentos durante os eventos de domingo, com destaque para casos de alcoolemia, entorse, desmaio, ferimentos diversos, maus-tratos, sangramento nasal, mal súbito, taquicardia e intoxicação medicamentosa. O consumo excessivo de álcool foi a principal causa dos atendimentos, com 19 ocorrências.
Segurança infantil
Crianças também estiveram sob foco da ação da PMDF, que ajudou os pais a identificá-las com pulseirinhas e carteiras
A proteção das crianças também recebeu atenção especial. No domingo, a PMDF entregou 600 pulseiras de identificação para crianças, e os pais puderam emitir carteirinhas no site da corporação. Os documentos contêm dicas de segurança, como evitar aceitar alimentos ou bebidas de desconhecidos e sempre permanecer próximo aos responsáveis.
Além disso, policiais militares do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) promoveram ações educativas no bloco Baratinha, no Parque da Cidade, contemplando crianças e adolescentes.
Educação no trânsito
Operação Carnaval Seguro promove fiscalização de trânsito nas regiões administrativas
Em Águas Claras, a operação Carnaval Seguro, do Detran-DF, mobilizou as equipes de fiscalização para coibir irregularidades e garantir segurança para condutores e pedestres. Foram feitas mais de 210 abordagens, resultando em 17 autuações por alcoolemia – foram aplicados 130 testes de etilômetro – e outras infrações, como dois veículos sem licenciamento, um condutor com CNH Vencida e dois escapamentos regulares. Cinco veículos foram removidos ao depósito.
“A operação Carnaval Seguro integra as estratégias do Detran-DF para reforçar a segurança viária e reduzir os riscos de acidentes durante o período festivo, quando o consumo de álcool ao volante tende a aumentar”, observou o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran-DF, Glauber Peixoto.
A Polícia Militar (PMDF) também atuou no trânsito, abordando 1.280 veículos e aplicando 453 autos de infração, sendo 108 por direção sob efeito de álcool. Cinco veículos foram removidos ao depósito.
*Com informações da Secretaria de Segurança Pública
Em busca de conhecimento ou fugindo de guerras e regimes antidemocráticos, 976 alunos e professores estrangeiros estudam e ensinam atualmente na Universidade de Brasília (UnB). O mapeamento é fruto da nova plataforma DataMigra, produzida pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra/UnB) e a Secretaria de Assuntos Internacionais (INT/UnB).
Veja o levantamento:
Segundo a professora de Línguas Estrangeiras Aplicadas na UnB e coordenadora da Cátedra Sérgio Vieira de Mello, da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur/ONU), Susana Martínez, a plataforma poderá ajudar no aperfeiçoamento do acolhimento de imigrantes refugiados. Segundo a educadora, nascida na Espanha, essas pessoas enfrentam barreiras linguísticas, preconceito e muitas vezes desconhece direitos que têm em território brasileiro.
“Há cursos com trajetórias mais acolhedoras, outros não. Tem estrangeiros com relatos de experiências maravilhosas, perfeitas. Outros, lamentavelmente, não”, comentou. A língua é uma das principais barreiras. Martínez também coordena o projeto Mobilang, criado para estudar os fenômenos de contatos linguísticos decorrentes das mobilidades humanas, questionando a noção de fronteira, com uma abordagem sociolinguística.
O Mobilang oferece intérpretes para estrangeiros, não apenas para a comunidade da UnB, mas para todo Brasil. “Em tempos atuais, onde os discursos anti-imigração estão recrudescendo, o Brasil tem um Lei focada no imigrante como uma pessoa com direitos. É bom vermos mais e mais ações para que esses discursos não nos atinjam. Precisamos uma resposta mais humanizada para pessoas que precisam sair de seus países de origem”, destacou.
Estudantes e professoras estrangeiras:
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A professora e pesquisadora Susana Martinez e a estudante Kenderloude Simeon são exemplos de estrangeiras que buscaram a UnB após deixarem seus países
Material cedido ao Metrópoles
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Kenderloude Simeon estuda Enfermagem
Material cedido ao Metrópoles
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Segundo Kenderloude Simeon, o acolhimento para estrangeiros precisa melhorar
Material cedido ao Metrópoles
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Para a estudante Roheen Naz, a barreira linguística precisa ser superada
Material cedido ao Metrópoles
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Elisha Rani cursa Relações Internacionais e considera que a UnB foi um divisor de águas em sua vida
Material cedido ao Metrópoles
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"Migrar é um direito", afirmou Elisha Rani
Material cedido ao Metrópoles
A UnB acolhe atualmente com 561 alunos refugiados e imigrantes. Os 10 principais países de origem dos discentes são: Colômbia, Cuba, Peru, Moçambique, França, Angola, Argentina, Haiti, Guiné e Bolívia. O número de docentes na mesma situação é de 415. No caso dos educadores, as nacionalidades mais presentes são: Colômbia, Argentina, Itália, Estados Unidos, Peru, Espanha, Alemanha, França, Cuba e Portugal.
Barreiras
A haitiana Kenderloude Simeon é estudante do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) e cursa Enfermagem na UnB. Para ela, o modelo de acolhimento da UnB precisa melhorar, e os alunos internacionais deviam ser apresentados para a comunidade acadêmica, pois levou um ano para conversar com alguém da sua turma, falando quem é e de onde vem. “Posso dizer que deixou a desejar o meu acolhimento”, contou.
A estudante contou que alguns cursos contam com poucos alunos internacionais, por isso, sem o acolhimento da turma, muitos acabam isolados. Ela afirma também que seria bom se os estudantes PEC-Gs voltassem a ter contato com a Secretaria de Assuntos Internacionais (INT), pois é a instituição que os representa na UnB. “Hoje temos zero contato com INT e não é porque não queremos”, contou.
“São muitas barreiras, mas a principal é a linguística, principalmente no início da graduação. Apesar dos problemas e barreiras, Kenderloude ama estudar na UnB. “Para mim, é um sonho realizado. É por isso que algumas coisas ruins não me atingem tanto. Sei quanta gente gostaria de estar no meu lugar. Por isso, sempre tento ver o lado bom para me erguer. Estudar na UnB me deixa muito feliz. Tudo o que sou hoje é graças à UnB”, argumentou.
Nascida no Paquistarão, Roheen Naz e estuda Odontologia na UnB. Para ela, estar no campus é um sonho. A estudante decidiu mudar de curso, porque não condições de pagar pelos materiais didáticos exigidos pela graduação. “Odontologia é curso muito caro. Quando entrei, pensava que ia ser tudo de graça, porque é uma universidade federal. Em outros países é diferente. Preciso gastar R$ 6 mil. Se não tiver dinheiro, vou perder a matrícula. Eu desisti. Por causa do problema financeiro, para mim, já era”, revelou.
Entristecida, a jovem planeja migrar para Relações Internacionais. Segundo ela, os estrangeiros deveriam receber as informações detalhadas do curso, inclusive com possíveis gastos, antes de começarem os estudos. Segundo Roheen, a barreira linguística atrapalha os estrangeiros nas provas. Por isso, defende a adoção de um modelo de avaliação, onde os alunos possam escolher a língua aplicada nos exames. “Muitos alunos estrangeiros não sabem os benefícios que têm direito. Era preciso criar uma forma de informar melhor os estudantes”, completou.
Divisor de águas
Elisha Rani também nasceu no Paquistão e cursa Relações Internacionais. “Vim para o Brasil com 10 anos. Estudei o ensino fundamental aqui. Então, a relação com colegas e professores está sendo totalmente diferente. O ambiente é muito bom, muito multicultural. Você vê gente de todos os tipos, jeitos culturas. Entrar na UnB foi um divisor de águas para mim. No Paquistão, em geral, as universidades são pagas. Lá não teria essa oportunidade”, comentou.
Segundo Elisha, a UnB oferece programas e projetos de extensão para acolhimento dos estrangeiros, inclusive para sanar pendências burocráticas. Para ela, a universidade pode melhorar as ações para integração, como por exemplo com dias de exposição cultural onde os estrangeiros apresentam um pouco de suas culturas para a comunidade. No futuro ela espera trabalhar em embaixadas e projetos de apoio a imigrantes e direitos humanos.
Elisha repudia o crescente discurso contra a imigração visto em diversos países atualmente. “É um discurso elitista que não reconhece a sua própria história colonizadora. É um discurso que vai contra as leis humanitárias. Migrar é um direito”, ponderou.
Segundo o coordenador geral do OBMigra, o professor e doutor Leonardo Cavalcanti, a UnB tem um papel central na produção de conhecimento científico voltado para desafios sociais concretos. Por meio do DataMigra BI, ferramenta desenvolvida pelo observatório, pesquisadores e gestores passaram a ter acesso a um banco de dados interativo e atualizado dos migrantes e refugiados na universidade.
“Para a UnB, o mapeamento permite um planejamento mais eficiente para acolher essa população, desenvolvendo políticas institucionais baseadas em dados reais. Para a comunidade acadêmica, representa uma oportunidade de pesquisa interdisciplinar, ampliando o campo de estudos sobre migração e educação no Brasil. Para os próprios migrantes e refugiados, essa iniciativa fortalece sua visibilidade e direitos, garantindo que suas necessidades sejam reconhecidas e contempladas nas políticas educacionais da universidade”, explicou Cavalcanti.
De acordo com o pesquisador, ao tornar esses dados acessíveis e transparentes, a UnB contribui não apenas para seu próprio aprimoramento institucional, mas também para o desenvolvimento de políticas públicas em nível nacional. Para o pesquisador, dentre os desafios, já identificados, destaca-se a necessidade de ampliar políticas de permanência estudantil, garantindo não apenas o acesso à universidade, mas também condições adequadas para que esses estudantes consigam concluir seus cursos.
Desafios para a UnB e outras instituições:
– Programas específicos de moradia e alimentação, considerando as dificuldades enfrentadas por estudantes imigrantes para alugar casas, muitas vezes devido à exigência de fiadores ou comprovação de renda formal, que eles não possuem.
– Ampliação de oportunidades de estágio, bolsas de pesquisa e programas de extensão, como alternativa para garantir subsistência e engajamento acadêmico, visto que estudantes imigrantes não podem trabalhar formalmente no país.
– Apoio jurídico e institucional para facilitar o acesso a direitos básicos e orientação sobre regularização migratória, uma vez que muitos estudantes desconhecem ou enfrentam barreiras burocráticas para acessar benefícios disponíveis.
– Oferta de suporte psicossocial e redes de apoio acadêmico, considerando que a adaptação a um novo país e a um novo sistema educacional pode gerar desafios emocionais e acadêmicos.
– No caso dos refugiados, a situação é ainda mais desafiadora, pois muitos chegam sem documentação acadêmica completa. A UnB pode avançar na facilitação da aceitação de documentos e validação de diplomas, garantindo que a burocracia não seja um entrave ao direito à educação.
As obras de pavimentação na DF-205, via importante na Fercal, iniciaram para melhorar o tráfego na região. O trabalho é a continuação da via entregue no último ano, sendo executado pelo Departamento de Estrada e Rodagem (DER) com investimento em torno de R$ 4,6 milhões. A pavimentação irá do km 9,6 ao km 11,1 na Região Administrativa de Sobradinho e a empresa responsável pela execução é a RR Terraplenagem e Construções LTDA.
Cerca de 60 pessoas trabalham na obra e, de acordo com a engenheira coordenadora de obras do DER, Paula Emanoela Silva Almeida, atualmente as equipes se concentram na terraplanagem, aterros e supressão vegetal. Em seguida, vão atuar na pavimentação, drenagem, sinalização horizontal e vertical – além de nas obras complementares, como uma ciclovia e canteiro de obras.
As equipes se concentram na terraplanagem, aterros e supressão vegetal. Mais tarde, virá a fase de pavimentação, drenagem, sinalização horizontal e vertical | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília
“É 1,5 km de pavimentação em uma importante via que vai desafogar tanto a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) como a Estrada-Parque Taguatinga (EPTG), com uma ciclovia que será entregue. Aqui é uma importante via de escoamento, principalmente de caminhões, incluindo muitas cimenteiras, então ajuda nessa questão de não perder o produto”, destaca.
Qualidade de vida
A obra vai trazer mais infraestrutura, segurança e mobilidade, reduzindo a poeira e melhorando o fluxo para motoristas, ciclistas e pedestres. Além disso, facilita o acesso da comunidade a serviços essenciais e impulsiona o desenvolvimento da região.
Fátima Viégas: “Vai ser um benefício muito grande, especialmente acabar com a poeira, que quando está na seca fica insuportável”
É o que relata a aposentada Fátima Viégas, 70 anos, que mora na região desde 1997 e recebe a notícia da pavimentação com alegria. “A gente esperou muito por esse momento. Vai ser um benefício muito grande, especialmente acabar com a poeira, que quando está na seca fica insuportável. Quando meus netinhos passam o fim de semana comigo sempre ficam doentes. A gente está muito agradecido com esse benefício, além da qualidade de vida, também vai valorizar essa área”, observa.
Ela acrescenta, ainda, a importância da obra incluir uma ciclovia: “Eu gosto de caminhar e sempre tenho que parar quando passa um carro por causa da poeira. E quando está chovendo não dá por causa da lama. A ciclovia é tudo de bom e já estou sonhando com ela”.
O administrador da Fercal, Fernando Madeira, reforça que a DF-205 é uma rodovia importante também para o escoamento do produto agrícola, utilizando o acesso até a DF-206, no sentido de Brazlândia.
“A continuidade da pavimentação da DF 205 oeste reforça o compromisso que o governo tem com a Fercal e com a zona rural do Distrito Federal. A pavimentação dessa importante rodovia trará mais conforto e segurança aos moradores, aos produtores rurais e à comunidade escolar do Ribeirão e Córrego do Ouro. A população está extremamente satisfeita vendo isso acontecer, com as máquinas e uma equipe engajada trabalhando em uma obra de muita qualidade”, afirma Madeira.