Doze produtores rurais vão representar o Distrito Federal em uma das maiores feiras internacionais do setor de frutas e hortaliças, a Fruit Attraction 2025. O evento, que será no Centro de Convenções São Paulo Expo, de 25 a 27 de março, promete reunir mais de 2 mil expositores e receber mais de 90 mil visitantes de diversos países. O público poderá conhecer o lado rural do Quadradinho no estande “Agricultura do DF: frutos de um Cerrado que alimenta o mundo”.
O Distrito Federal será representado por 12 produtores rurais em uma das maiores feiras internacionais do setor de frutas e hortaliças, a Fruit Attraction 2025 | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília
O espaço de 180 metros quadrados terá exposição de produtos regionais, demonstração de práticas sustentáveis e promoção do turismo rural e gastronômico da capital federal. A participação brasiliense é coordenada pela Associação Semper Fidelis, com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) e da Centrais de Abastecimento (Ceasa-DF).
“A atenção e o incentivo da nossa gestão à produção agrícola do DF têm dado cada vez mais resultados”, enfatiza a vice-governadora, Celina Leão. “Além de levar alimentos de qualidade à nossa população e ser um importante incremento na economia da nossa cidade, a participação dos nossos produtores na Fruit Attraction 2025 mostra mais uma vez que o DF é um polo em franca expansão. Continuaremos trabalhando para ocupar cada vez mais espaço no setor e fortalecer os nossos produtores.”
Entre 2019 e 2023, a produção de frutas no DF cresceu 16,25%, alcançando 37.615 toneladas em uma área plantada de 2.169 hectares
O secretário de Agricultura, Rafael Bueno, afirma que o objetivo é trazer mais recursos para o setor de frutas e hortaliças para gerar mais emprego, renda e crescimento para os produtores. “Quando falamos em impulsionar novos negócios e elevar o Distrito Federal a um patamar superior, nosso foco está no fomento de novas oportunidades, conectando produtores a compradores nacionais e internacionais. A produção local tem se destacado pela qualidade, e o Governo do Distrito Federal, por determinação do governador Ibaneis Rocha, tem trabalhado ativamente para apoiar o setor”, aponta.
Como exemplo do apoio governamental, o secretário cita a recuperação das estradas rurais. “Só no ano passado foram mais de 1.800 km de estradas recuperadas, garantindo um transporte mais seguro e reduzindo perdas na distribuição dos frutos”, enfatiza. “Além disso, trabalhamos na criação de novos espaços onde os consumidores podem comprar diretamente dos produtores, como no Empório Rural da DF-150. Também temos investido na participação em feiras e eventos, possibilitando que produtores com capacidade de comercialização ampliem suas vendas para os mercados nacional e internacional”.
O GDF tem trabalhado para garantir mais recursos ao setor de frutas e hortaliças, para gerar mais emprego, renda e crescimento para os produtores
Cadeia produtiva
Na lista de representantes do DF, destaca-se a Fazenda Malunga, referência em produtos orgânicos e saudáveis, com mais de 40 anos de história. O empreendimento conta com 190 colaboradores e 120 hectares de produção de hortaliças e laticínios. “Poderemos mostrar uma Brasília que o Brasil não vê: a Brasília da qualidade, da sustentabilidade. O DF tem uma área pequena, portanto não conseguimos produzir em escala, mas todo o nosso trabalho tem muita qualidade e isso precisa ser mostrado para mais pessoas”, afirma o engenheiro florestal e fundador da Fazenda Malunga, Joe Valle.
A marca vai expor hortaliças prontas para consumo, vendidas previamente higienizadas, e laticínios produzidos inteiramente pela fazenda. “O único leite A2A2 com certificado de orgânico do Brasil é nosso. É um leite que não tem a beta-caseína, a principal proteína do leite, à qual muitas pessoas são intolerantes”, define Valle. “Foi um trabalho de sete anos, e hoje 100% do nosso rebanho produz leite sem a beta-caseína. Algumas companhias de leite lançaram isso, mas a Malunga é a única que tem A2A2 no mercado”.
A Fazenda Malunga, uma das representantes do DF na Fruit Attraction 2025, também se destaca pela comercialização de laticínios produzidos inteiramente na propriedade
Entre 2019 e 2023, a produção de frutas no DF cresceu 16,25%, alcançando 37.615 toneladas em uma área plantada de 2.169 hectares. As principais culturas são abacate, banana, tangerina, goiaba e maracujá, que dominam o cenário agrícola pela diversidade e qualidade. Também está em expansão o cultivo de frutas vermelhas, como morango, mirtilo, framboesa e açaí, produtos com alto valor agregado e crescente demanda nos mercados gourmet e internacional.
Para impulsionar o crescimento do setor, em janeiro deste ano, foi publicada a portaria de criação da Câmara Setorial de Fruticultura (CSF/DF), para debater, acompanhar, propor e executar ações voltadas ao fortalecimento da cadeia produtiva de frutas na capital. Os representantes que comporão as entidades serão nomeados em breve, incluindo profissionais da Emater, da Seagri e outros órgãos públicos, bem como de associações e cooperativas do setor produtivo.
Veja a lista completa de produtores do DF selecionados para a Fruit Attraction 2025.
· Agroindústria Machadinho · Amazônia Real Nuts · Central Unium Brasília · Cerrado Blue · Fazenda Amigos do Cerrado · Fazenda Malunga · Feel Berry – Agropecuária JPC · Maracujá Imperador do Cerrado · Morangos Brasil · Sucopira Sucos Naturais · SustentAgro · Villa Triacca Hotel Vinícola & Spa.
Foi encontrado, no fim da tarde deste sábado (22/2), o corpo de João Anderson Melk, 16 anos, que havia sido dado como desaparecido desde a última quarta-feira (19/2), em João Pessoa. A família reconheceu o corpo no Instituto de Medicina Legal (IML), onde passou pelo procedimento de reconhecimento.
Emocionada, a mãe do jovem agradeceu o apoio recebido e falou sobre a dor do caso. “Eu espero que isso que aconteceu com meu filho sirva de exemplo para vários jovens que, às vezes, são um pouco rebeldes, não escutam o que os pais dizem”, comentou.
Ele ressaltou que João Anderson estudava, tinha um acompanhamento espiritual e vinha de uma família evangélica. “Ele tinha tudo para ser feliz”, completou.
Leia a reportagem completa no Portal T5, parceiro do Metrópoles.
A educação tem o poder de transformar vidas e as escolas públicas do Distrito Federal têm se destacado na preparação dos alunos para o ensino superior. Com estrutura e apoio pedagógico, cada vez mais estudantes conquistam vagas em universidades públicas e privadas, quebrando barreiras e ampliando horizontes.
Um dos exemplos é Joyce Lourenço, 18 anos, aluna do Centro Educacional 104 (CED 104), do Recanto das Emas. Ela foi aprovada para o curso de medicina em quatro instituições: Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade de Rondonópolis (URF), Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (Uniceplac), com bolsa integral pelo Prouni, e Universidade de Brasília (UnB), pelo Programa de Avaliação Seriada (PAS). A decisão da jovem foi a última.
Joyce Lourenço: “Achava que a universidade pública não era para mim, mas conhecendo as políticas de cotas e o suporte da escola, percebi que era possível” | Fotos: Lucio Bernardo Jr./Agência Brasília
Moradora da zona rural de Ceilândia, Joyce destacou-se pelo foco e pela determinação. “Ao finalizar o ensino fundamental, fui morar com minha tia no Recanto das Emas para focar na preparação”, conta. “No começo, achava que a universidade pública não era para mim, mas conhecendo as políticas de cotas e o suporte da escola, percebi que era possível.”
A infraestrutura do CED 104 foi fundamental para a trajetória. “Os professores sempre tiravam minhas dúvidas e me ajudavam. Eram todos muito receptivos”, relata a aluna, que tinha a biblioteca como o lugar preferido. Segundo a Secretaria de Educação (SEEDF), mais de 60 estudantes do CED 104 do Recanto das Emas também alcançaram aprovação no ensino superior.
Estudo em grupo
Daniel Filipe de Oliveira foi aprovado em três universidades e conquistou a medalha de prata na Olimpíada Brasileira de Matemática
Daniel Filipe de Oliveira, 17 anos, também aluno do CED 104, conquistou uma vaga em ciência da computação pela UFG, além de aprovações em análise e desenvolvimento de sistemas pela PUC-GO e em engenharia de software pelo PAS-UnB, ficando em 4º lugar dentro das cotas para escolas públicas e em 38º na ampla concorrência.
Para ele alcançar os resultados, o aprendizado em grupo foi essencial: “A partir do 2º ano, quando comecei a estudar com meus amigos, meus resultados melhoraram nos simulados”, conta. “Quando alguém estava com dificuldades, os outros ajudavam e incentivavam”. A participação na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), em que ganhou três medalhas de prata, também motivou sua dedicação.
João Pedro da Nóbrega contou com a ajuda de professores antes de ser aprovado para o curso de engenharia de software
João Pedro da Nóbrega, 17, ingressou junto com o amigo Daniel no curso de engenharia de software pelo PAS da UnB, com a ajuda dos estudos coletivos e dedicação à Obmep. “Eu cheguei no ensino médio com muita dificuldade e, assim que entrei na CED 104, já recebi a orientação dos professores da importância de se dedicar para os estudos”, destaca o estudante. “No início, quando a gente chegou, uma professora disse que era bom a gente se rodear de pessoas que têm interesses parecidos com a gente e foi isso que eu fiz”.
Recursos para a educação
Felipe Renier: “Com aulões interdisciplinares e simulados, preparamos os estudantes não apenas para ingressar no ensino superior, mas para terem um bom desempenho acadêmico”
O diretor do CED 104, Felipe Renier, destaca que as aprovações são resultado da estratégia pedagógica adotada. “Com aulões interdisciplinares e simulados, preparamos os estudantes não apenas para ingressar no ensino superior, mas para terem um bom desempenho acadêmico”, explica.
A escola também oferece avaliação discursiva em diversas disciplinas e promove eventos como jogos interclasse, festival de dança, ações voltadas para a consciência negra e circuito de ciências, estimulando o aprendizado de forma ampla.
Segundo Rosangela Santos, da assessoria regional do Recanto das Emas, a Secretaria de Educação acompanha de perto as iniciativas. “Cada escola tem um coordenador intermediário para garantir que os projetos sejam adaptados às necessidades de cada unidade”, explica.
“A aprovação dos nossos estudantes é motivo de grande orgulho e reflete nosso compromisso com a qualidade da educação. Esse sucesso é fruto do esforço dos alunos e da dedicação dos professores”
Hélvia Paranaguá, secretária de Educação
A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, celebra os resultados: “A aprovação dos nossos estudantes é motivo de grande orgulho e reflete nosso compromisso com a qualidade da educação. Esse sucesso é fruto do esforço dos alunos e da dedicação dos professores”.
Superando desafios
João Lucas Soares Ramos, 18 anos, aluno do CED 8 Incra de Brazlândia, também realizou o sonho de ser aprovado em medicina na UnB sem cursinhos preparatórios. “Eu não tinha professores extras para tirar dúvidas. Então, recorri aos docentes da escola. Um professor de português, em especial, me ajudou muito na redação”, relembra.
Para ele, os principais desafios foram a administração do tempo, o desgaste emocional e a confiança. “Estudar muitas horas seguidas com eficiência é difícil”, comenta. “Além disso, alunos da rede pública muitas vezes nem sonham em entrar na universidade, acreditando que é algo inalcançável. Mas temos, sim, capacidade de conquistar uma vaga.”
O adolescente ainda reforça a importância de ocupar esses espaços. “Precisamos cada vez mais estar presentes nas universidades, especialmente aqueles de regiões mais vulneráveis, pois essa é uma chance real de mudar nossa realidade”, defende.
A segunda edição do programa Castra-DF chegou ao Gama. Por meio da Secretaria Extraordinária de Proteção Animal, a iniciativa promove bem-estar animal, com castração gratuita para cães e gatos, e capacitação no setor pet, oferecendo cursos profissionalizantes para quem procura vagas de emprego na área. Ao todo, mil animais serão contemplados com a cirurgia. O cadastro dos tutores foi finalizado neste domingo (23) e contou com a participação da vice-governadora Celina Leão.
“Nós crescemos com as políticas públicas de proteção aos animais. Antes, tínhamos uma secretaria pequena e hoje contamos com uma secretaria de Estado exclusiva para essa causa. Criamos tudo do zero e ainda temos muito a ampliar e melhorar porque os nossos bichinhos merecem”, afirmou Celina Leão.
“Nós crescemos com as políticas públicas de proteção aos animais; e ainda temos muito a ampliar e melhorar porque os nossos bichinhos merecem”, afirmou a vice-governadora do DF, Celina Leão | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília
A campanha de castração tem o objetivo de fazer o controle populacional de cães e gatos, prevenindo doenças e o abandono animal no DF. As cirurgias serão feitas em unidades móveis entre os dias 6 de março e 2 de abril, no estacionamento da Administração Regional do Gama.
De acordo com o secretário de Proteção Animal, Ricardo Villafane, o programa passará por outras regiões administrativas do DF. “Em cada cidade que o Castra-DF passar serão disponibilizadas mil vagas. A ideia é que a gente passe depois por Sobradinho, Ceilândia e outras regiões. É importante ressaltar a importância de os tutores comparecerem às cirurgias agendadas, porque a falta acaba prejudicando quem precisa do serviço”, defendeu Ricardo.
O cadastro de tutores no programa Castra-DF foi finalizado neste domingo (23); ao todo, mil animais serão contemplados com a cirurgia
A dona de casa Lucinete Araújo, de 58 anos, foi uma das primeiras a efetivar o cadastro. Para ela, a ação ajuda quem não tem condições de pagar pela cirurgia. “Esse programa é sensacional. Às vezes, quando a gente vê na internet, acha que é mentira. Mas é verdade mesmo. É maravilhoso saber que minha cachorrinha Ayla vai ser castrada e de graça ainda”, comemorou.
Para a dona de casa Izabel Cristina, 45, o grande diferencial do programa é o atendimento da equipe da secretaria: “Todos são muito educados. Eu gostei muito. Achei que ia ficar mais tempo, mas foi rápido. Na primeira edição, eu consegui levar meus gatos. Agora eu quero castrar os filhotes, que são três”.
A iniciativa tem como base a legislação distrital e federal, que determina a esterilização como estratégia para o controle da população de animais. Além de proporcionar saúde e bem-estar animal, a castração reduz custos públicos com resgates e tratamentos veterinários. Para mais informações, o programa disponibiliza o contato via telefone (61) 99690-8184 ou pelo e-mail castranovelsegundaedicao@gmail.com.
A dona de casa Lucinete Araújo elogiou a iniciativa: “É maravilhoso saber que minha cachorrinha Ayla vai ser castrada e de graça ainda”
Cursos gratuitos
O Castra-DF também promoverá cursos gratuitos nas áreas de banho, tosa e estética de pets, adestramento de cães e auxiliar veterinário. As aulas serão ministradas presencialmente, ao lado da administração regional, e transmitidas ao vivo pelo Youtube, permitindo acesso amplo à capacitação profissional.
As inscrições para os cursos devem ser feitas no site oficial do Castra-DF e o resultado da seleção será divulgado na mesma página.
O presidente Lula fechou um acordo com o chefe da Casa Civil, Rui Costa, sobre as eleições de 2026, quando o ministro colocou seu nome à disposição para concorrrer ao Senado pela Bahia.
Em entrevista à coluna na quinta-feira (20/2), Rui contou que Lula autorizou o movimento, mas pediu para eles só baterem o martelo sobre a candidatura no começo do ano que vem.
“A princípio, eu coloquei meu nome disponível ao PT da Bahia para concorrer a uma vaga ao Senado. E eu conversei com o presidente, ele disse: ‘Pode colocar o número de discussão, mas nós vamos conversar no início do ano que vem sobre isso’. E eu assim fiz, coloquei meu nome em discussão e, ano que vem, antes de abril, irei conversar com o presidente sobre o momento, naquele momento qual é a posição que nós vamos tomar”, declarou o ministro.
1 de 4
Presidente Lula fez acordo com ministro Rui Costa
Reprodução
2 de 4
Costa deve ser candidato ao Senado em 26
Reprodução
3 de 4
Mas antes Lula quer conversar com minsitro
Vinícius Schmidt/Metrópoles
4 de 4
Rui Costa integra o núcleo duro do terceiro mandato do governo Lula
IGO ESTRELA/METRÓPOLES @igoestrela
Questionado sobre quem será o candidato à Presidência da República em 2030, o ministro disse que o presidente Lula continua sendo o nome para o próximo pleito.
“Nosso candidato a presidente da República em 2026. O presidente, e acho importante fixar isso, tem feito um trabalho fortíssimo de reconstrução do Brasil e acho que nós temos que nos esforçar junto com a Secom, junto com a militância a demonstrar o antes e o depois”, declarou Rui.
Confira os principais trechos da entrevista:
Na semana passada, o Instituto Datafolha divulgou que a aprovação do governo Lula caiu para o pior índice dos três mandatos dele. A que se deve esse resultado ruim do governo?
Em primeiro lugar, quem está fazendo gestão pública, quem está no governo, eu digo sempre que nem pode ficar eufórico quando as pesquisas dão boas, nem pode entrar em depressão quando as pesquisas dão tão boas. O governo é isso. Você oscila de acordo com a conjuntura e com a percepção da população sobre o governo. No mundo de hoje, você, eventualmente, oscila também com factoide ou fake news.
Então, acho que o mundo inteiro está muito mais polarizado. Se você olhar para outros países, não tem um país do mundo que tenha um governante disparado na aprovação. O mundo ficou muito polarizado. O acesso à informação hoje está muito pulverizado e segmentado, portanto, por grupos, onde as pessoas às vezes só têm acesso a informação daquele segmento, daquele grupo que ele pertence. O que torna desafiador ainda mais a comunicação política, comunicação de governo.
O que fazer para reverter essa avaliação ruim?
Diria que nós precisamos aprimorar a comunicação, para que a população tenha conhecimento e percepção de fato dos dados, porque nós temos um governo de reconstruir o país, reconstruir o programa e os dados são muito positivos.
Nós vínhamos de um desmonte, por exemplo, do programa habitacional do governo. Em apenas dois anos, nós temos 1, 2 milhão de contratos assinados do Minha Casa, Minha Vida, de financiamento de casa popular. Algo que estava há anos sem acontecer e voltou com toda a força, realizando o som das famílias da população. É um número histórico. Nós temos a maior massa salarial dos últimos 15 anos, o maior salário médio dos últimos anos. Temos a menor taxa de desemprego desde que se faz pesquisa de desemprego no Brasil. É histórico. Ou seja, os números são muito robustos.
Realizamos o maior número de cirurgias da história nesses dois anos com um programa de redução de filas. Agora, vamos iniciar um grande programa de mutirão colocando mais recursos para que estados e municípios possam reduzir a fila de cirurgias. Então, estamos alcançando números muito precisos.
A indústria depois de muitos anos voltou a crescer. Foi quem puxou o crescimento em 2024. O investimento do último trimestre chegou a 17%. Esse é o maior número dos últimos anos.
Enfim, temos dados muito positivos, mas a população não absorve esses dados, a população não conhece, eu diria, boa parte das ações do governo. Então, nós precisamos melhorar essa comunicação para que a população tenha a nítida percepção do que era antes, do jeito que estava e do jeito que está agora.
Fala-se muito que algumas medidas do Ministério da Fazenda e também da comunicação, algumas faltas de medidas da comunicação contribuem aí para o mau desempenho do governo nas pesquisas. O senhor concorda com isso?
Não se trata de “muita gente fala”. Isso é pesquisa. E pesquisa feita por de vários institutos foram feitas e publicadas. A imprensa divulgou. Estão lá os dados.
Quais foram os episódios? Acho que é aquela da taxa da blusa do Pix?
As pesquisas públicas que todos conhecem, que a imprensa divulgou, sinalizam a questão da taxa daqueles aplicativos das plataformas de venda. Isso está muito latente nas pesquisas que foram divulgadas.
A questão do fake news do Pix afetou fortemente. Criou um ambiente de desconfiança. Ontem mesmo recebemos aqui o presidente e primeiro-ministro de Portugal e todos relataram a força de que essas plataformas e que esse modelo de fake news, de segmentação da notícia, como elas ganharam força. E como elas criaram, o que tem livro escrito sobre isso, o que se chama de pós-verdade.
Ou seja, vocês coexistem em várias realidades, várias verdades. Ou seja, você deixou de ter uma realidade e passou a ter várias. Cada um tem a sua verdade. É difícil você mostrar para aquela pessoa porque aquela notícia é falsa, porque aquilo não é verdadeiro.
Leva, às vezes, muito tempo, semanas ou meses para as pessoas acreditarem que, de fato, aquilo não é verdade. Então, nós fomos vítimas de muitas fake news. E a mais forte, vamos dizer assim, foi essa do Pix. As pesquisas relatam que isso impactou a confiança no governo.
Mas nessa reunião ficou acordado alguma medida, alguma estratégia para tentar lidar com essa situação?
A estratégia é do presidente. Ao fazer mudanças na Secom, com o ministro Sidônio, ele sinaliza para aperfeiçoar a comunicação do governo, para ajustar e refinar as plataformas com as quais o governo se comunica com a população, ajustando inclusive linguagens diferentes. O governo ia muito com linguagens padrões, a mesma linguagem da TV, a mesma linguagem da rádio, a mesma linguagem para plataformas digitais. E isso não se mostrou eficaz.
É preciso criar linguagens específicas para cada plataforma dessa. Então, esse será nosso esforço de fazer chegar à população a informação, principalmente comparando o antes e o depois. Na política e na gestão, mais do que discurso, o povo se convence quando você compara, quando você mostra o antes e o depois.
Um dos problemas do governo hoje é a inflação dos alimentos. O senhor disse que o governo estudava um conjunto de medidas para rever essa questão dos alimentos. Teve algum avanço?
Anteontem (18/2), nós tivemos a reunião do Conselho Nacional de Energia. Havia uma previsão de subir de B14 para B15 a mistura do biodiesel no diesel. Nós não fizemos esse aumento. Mantivemos em 14%. Por quê? Porque nós presenciamos o aumento da soja, do óleo de soja e o aumento do biodiesel. E isso poderia acarretar o aumento do diesel e sustentar o aumento do óleo de soja. Então, nós não aumentamos para 15%. Vai ficar nesse patamar até que o preço da soja, o preço do óleo de soja recue para não impactar nem diesel, e nem impactar…
Então essa decisão é temporária?
É temporária. O tempo quem dirá será a oferta do produto e o recuo do preço. Assim, podemos analisar em relação ao álcool, por exemplo, o açúcar subiu bastante. Então, na usina de açúcar, você vira a chave, ou ou produz álcool, ou produz açúcar. Então, essas medidas estão sendo analisadas. Ontem fizemos mais uma reunião. O Ministério da Agricultura e o da Fazenda estão analisando as medidas. Faremos uma nova reunião semana que vem para saber quais medidas podemos adotar, além da medida principal, que é reforçar e focar o estímulo à produção de alimentos. Há uma expectativa muito positiva de que a safra esse ano será muito boa. Nós teremos preços decrescentes até o mês de junho, inclusive do arroz e do feijão, que já está em queda e continuará em queda até o mês de junho.
Teve algum avanço nessa questão do Vale-Alimentação?
Está sendo analisado com o Ministério da Fazenda junto com a Procuradoria da AGU eventuais mudanças e alterações. Eles não têm uma posição formal, mas estão analisando que tipo de alteração pode ser feita. O que nós queremos fazer é reduzir o custo da intermediação desse vale, porque o levantamento feito é que esse custo da intermediação está muito alto, retirando recursos que são do trabalhador.
Ministro, o mercado financeiro tem uma expectativa muito grande de que o governo anuncie cortes para ajudar naquela meta de déficit fiscal zero. Há previsão de cortes nesse relatório de receitas e despesas que sai em março ou só em maio?
Olha, é importante ficar claro que as medidas que foram definidas pelo governo foram votadas no Congresso em dezembro. Elas estão sendo implementadas no governo. A expectativa nossa é que essas medidas apresentem resultado. Nós temos, ao longo desses dois anos de governo, cumprido a nossa palavra no sentido do compromisso fiscal. É caminhar junto com o compromisso de investimento e de inclusão social. Esses três pilares vão andar juntos, e não podemos abrir mão de nenhum deles. Então, não abriremos mão do compromisso fiscal. Se qualquer medida restritiva se mostrar necessária, como contingenciamento, bloqueio, ela será adotada, como foi adotada em 2023, como foi adotado principalmente em 2024, onde nós bloqueamos R$ 20 bilhões de investimento, principalmente do PAC, para ao cumprir as metas fiscais.
Mas quando pode ser anunciado esse corte?
Não posso fazer essa previsão, porque nós vamos ver os efeitos tanto da economia como das medidas. Normalmente, o economista acerta na 12ª previsão. Ele faz uma previsão a cada mês e, na 12ª, ele acerta. Então, no momento que nós fecharmos os dados, se o relatório indicar, será feito no mês que que o relatório indicar, assim como diz a lei.
O presidente Lula tem sido criticado por supostamente estar mais “enclausurado” nesse terceiro mandato. O senhor concorda com isso? O senhor acha que o presidente Lula precisa melhorar a articulação?
Não concordo com essa tese. Eu convivo aqui 14, 15, 16 horas com o presidente. Ele acorda muito cedo, vai fazer ginástica. Já está ligando para os ministros às vezes muito cedo. Passa o dia trabalhando, à noite, quando não está aqui, está recebendo pessoas. Ao longo desses dois anos, recebeu muita gente no trabalho. Sou testemunha. Ele tem feito muitas reuniões com pessoas do governo, e é uma virtude do presidente. Ele sempre quer ouvir o mundo real, que é ouvir a sociedade. Então, ele tem feito muitos encontros com empresários. Acho que já se reuniu com todos os setores da economia. Setores de energia, automotivo, químico, petroquímico, infraestrutura, do agronegócio. Então, ele tem essa virtude de ouvir a sociedade, de ouvir as pessoas e muitas vezes ele convida pessoas ou liga, telefona para pessoas, para ouvir a opinião, para balizar suas opiniões.
Acho que quem emite essa opinião não conhece a rotina do presidente. O presidente continua numa energia muito impressionante, muito forte, inclusive agora retomando a agenda de rua. Quem verbaliza essa opinião, às vezes eu vejo algumas pessoas retratando, jornalistas ou não… Mas eu acho que elas estão pautadas erradas, estão com a informação errada. Não conhecem o dia a dia do presidente.
Há quem aponte a primeira-dama Janja como uma das responsáveis por enclausurar o presidente, até por cuidar dele, da saúde. O senhor acha que ela poderia ter influenciado o presidente a estar menos disponível?
Acho que há um um exagero e um preconceito grande contra a primeira-dama. Porque ela é uma pessoa que tem voz própria, tem protagonismo próprio. Eu acho que é um certo exagero e, eu diria, um certo preconceito com ela. O presidente é um homem que tem, eu diria hoje, isoladamente, a maior liderança no globo, no mundo. Ele é ouvido. Não é à toa que ele botou aqui no G20 todos os presidentes e os primeiros-ministros dos principais países. Foram mais de 40 nações que estiveram aqui com os seus presidentes e/ou primeiros-ministros representados. É uma voz ouvida no mundo inteiro. O presidente tem uma liderança singular.
Na minha opinião, é uma grande injustiça querer atribuir um suposto isolamento do presidente à primeira-dama. O presidente teve um acidente ali em setembro e ficou cuidando da sua saúde todos esses meses. Não há de se pedir que alguém que em uma situação que foi muito delicada, que essa pessoa tivesse exposta a uma agenda intensa nesse período. Quando os médicos liberaram, ele agora volta a ter uma agenda intensa, inclusive de conversa todos os dias. E ele é surpreendente (…).
Ministro, falando um pouco sobre reforma ministerial, o senhor chegou a dizer ali em janeiro que o presidente Lula poderia fazer uma reforma. Até agora, no entanto, a reforma não saiu. Houve apenas a mudança na Secom. Quando é essa reforma deve acontecer?
Olha, a afirmação que eu fiz está gravada, foi ao vivo da TV, foi que, se o presidente decidir fazer, eu entendo, e aí eu emiti uma opinião, preferencialmente ela deve ser feita até o final de janeiro. Eu emiti minha opinião, porque eu entendia que, eventualmente, quem entrasse já entrasse em fevereiro trabalhando. Mas o presidente, e eu disse naquela entrevista, que ele estava refletindo sobre eventuais mudanças ou não. E, se até agora ele não anunciou, é porque ele não se convenceu da necessidade de mudança e de qual lugar eventualmente ele vai mudar. Nós estamos trabalhando aqui, não estamos pautado por essa possível mudança. Todos os ministros estão engajados, a gente segue fazendo reuniões todos os dias.
Há críticas de setores do governo de que a possível nomeação de Gleisi Hoffmann para um ministério seria um contrassenso, uma vez que ela é crítica do ministro Fernando Haddad. O senhor concorda?
Não concordo com essa tese, até porque essa tese podia ser inversa. A tese podia ser a seguinte: Lula está buscando proteger Haddad, ao trazer a Glesi para o governo. Porque uma vez estando no governo, as eventuais opiniões delas, mesmo eventuais críticas, terão que ser feitas internamente.
O fato de ela não estar no governo, ser uma deputada e presidente do partido, ela tem total liberdade para emitir publicamente a opinião dela. Quando ela vier a ser ministra, é recomendável que quem é ministro emita as suas opiniões nos ambientes de debates que o presidente, inclusive, faculta.
O presidente tem um viés extremamente democrático, ele bota todo mundo na mesa e dá liberdade para que as pessoas emitam sua opinião e ele até diz: “Olha, aqui é um lugar de vocês falarem, quem tem opinião diferente, que a minha decisão vai ser fruto do que eu ouvi do argumento aqui. Então, quem tem os seus argumentos coloca.
Então, eu diria o contrário do que você está dizendo. Se ao trazer a Gleisi, alguém poderia dizer: “Olha, ele tá querendo proteger o Haddad, porque aí não terá mais uma voz pública para questioná-lo. E não inverso.
O senhor acredita que a relação com o governo vai ser melhor com Hugo Motta e com Davi Alcolumbre do que era com os ex-presidentes Arthur Lira e Rodrigo Pacheco?
Nós temos que nos relacionar com cada pessoa, seja do Legislativo, do Judiciário, da sociedade, respeitando as características de cada pessoa. Você não pode ter um padrão ou exigir um padrão ou dizer: “Olha, eu só vou me relacionar com esse perfil de pessoa, o que eu gosto mais é daquele estilo, não. Você tem que respeitar o estilo de cada um e encontrar a melhor forma de dialogar com cada perfil de pessoa.
Acho que nós tivemos dois anos de um diálogo muito intenso, os dois presidentes do Senado e da Câmara que deixaram o mandato agora e acredito que manteremos, talvez com estilo diferente, com forma diferente, com os dois presidentes que entram.
Eu, inclusive, me reuni essa semana com os dois para discutir a questão do Oorçamento, da pauta. Então, acho que não teremos dificuldade nenhuma no diálogo. Você pode mudar até a forma do diálogo, de conduzir o número de vezes que se reúne. Pode até precisar mais ou precisar menos, mas nós não teremos dificuldade. Temos que ser profissionais, pensar na nação, pensar no país e colocar o interesse do Brasil em primeiro lugar.
E quando vota o orçamento? Vota antes do Carnaval ou muito difícil?
Acho pouco provável. Obviamente nós precisamos, queremos, o Brasil precisa e o Brasil quer que o país tenha um orçamento. Porque, para você executar políticas públicas, por exemplo, nós temos obras licitadas. E essas obras licitadas, contrato assinado, elas só podem iniciar quando o orçamento tiver votado.
Motta e Alcolumbre sinalizaram quando deve o Orçamento ser votado?
Acredito que, no mês de março, essa votação ocorra. Acho pouco provável que seja antes do Carnaval. Carnaval já é semana que vem. Então acho pouco provável que aconteça antes do Carnaval, mas nós acreditamos que em março, em algum momento ali em março, o orçamento vai ser votado.
No Ministério da Justiça, há uma crítica de que a PEC da Segurança está parada na Casa Civil e que, por isso, até agora ela não foi enviada ao Congresso. Por que que ela não foi enviada até agora?
Desde que ela foi apresentada, nós fizemos um roteiro, pactuado em reuniões de ministros com o presidente, que primeiro nós iríamos apresentar ao Congresso, apresentar os governadores e aguardar um tempo para os governados oferecerem sugestões. Essas sugestões chegaram. Fizemos nesse período do levantamento dos projetos que estão tramitando, não só de mudança da Constituição, mas mudança da lei em relação à questão da segurança pública. Estamos sistematizando isso para, nos próximos dias, ter uma reunião de apresentação dos textos finais ao presidente da República, para que ele possa, vamos dizer assim, homologar a versão final, tanto da PEC, como eventuais sugestões que a gente pode incorporar em projetos que estão tramitando na Câmara e no Senado.
Então, vamos apresentar conjuntamente isso ao presidente e, muito em breve, isso vai estar sendo dialogado com o Congresso, tanto a PEC, como eventuais mudanças e leis ordinárias. Porque essa questão de segurança é prioridade para o presidente. O que nós queremos, é evidente, é que, ao definirmos assim as condições, tenhamos o menor nível de ruído possível, para que a gente consiga uma tramitação mais rápida.
Quando o projeto que prevê isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil será enviado ao Congresso?
Olha, a previsão é agora em março. O presidente ainda vai definir na sua agenda, mas o projeto está finalizando. A Fazenda finalizou o projeto e acredito que, em alguma data de março, o presidente envie esse projeto para o Congresso Nacional.
Lembrando que o projeto será enviado agora e, uma vez aprovado no Congresso, ele passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2026. Por conta da regra da anualidade, você não pode nem para cobrar, nem para isentar, alterar ao longo do exercício o regramento de Imposto de Renda. Ou seja, aprovem um ano para valer no ano seguinte, seja para aumentar, seja para diminuir.
Na terça-feira (18/2) à noite, a Procuradoria-Geral da República denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas, entre outros crimes, por tentativa de golpe de Estado. Acredita que essa denúncia, nesse momento em que o governo enfrenta uma popularidade baixa, pode ajudar o governo de alguma forma?
Esse episódio não se deve a popularidade do governo estar em alta ou estar em baixa. Acho que o ocorrido no dia 8 de janeiro é um fato gravíssimo. E o que a investigação revelou é muito grave. Não tem na história do Brasil nada registrado de uma trama envolvendo presidentes da República em exercício, oficiais das Forças Armadas, pessoas que deveriam estar cuidando da segurança pública, agentes de segurança pública, tramando a morte de ministro da Suprema Corte, a morte do presidente da República, do vice-presidente da República, numa arquitetura de organização criminosa. Então isso é muito grave.
E, portanto, acho que nós temos que separar qualquer conjuntura política, o debate político desta questão. Por quê? Primeiro, para dar o legítimo direito de defesa às pessoas que ali estão sendo acusadas, para que não haja contaminação da política com o processo de julgamento que deve ser isento. E dar total liberdade de defesa, de direito de defesa a quem foi acusado.
Tenho uma convicção comigo mesmo que a impunidade sempre leva ao aumento de criminalidade e a repetição da criminalidade. Eu sou daqueles que acham que a criminalidade do Brasil é grande, porque nós temos um sistema que estimula a impunidade. Pessoas que matam pai e mãe com dois, três anos de prisão e logo logo estão soltas. Então um ato de crueldade gigantesco. Mata o pai e mãe e com apenas dois, três anos já estão em liberdade. Então isso na minha opinião é um estímulo à criminalidade.
Então o senhor acha que a punição nesse caso tem que ser severa? Há muitas críticas de que algumas penas (dos condenados pelo 8 de janeiro) teriam sido muito grandes.
Acho que a punição tem que ser com base na lei. A mim não cabe julgar. Eu fiz Economia, fiz Ciências Sociais e, no nível médio, fiz curso técnico. Não estudei direito. Então, não me sinto em condições de analisar dosagem de pena que a Suprema Corte ou que a Justiça tem dado. Não tenho competência para fazer essa análise. Eu não quero me ater a julgar quanto, se foi pouco que foi muito. Não tenho competência para fazer. A lei estipula, segundo regras, a dosagem de penas. Mas eu acho que tiveram pessoas que foram usadas como massa de manobra, isso é fato. Foram induzidas a serem, como se diz, no Nordeste, boi de piranha. Você joga ali para que as piranhas comam aquele boi para você tentar se livrar. Levaram pessoas que, às vezes, foram induzidas dessa forma a cometer crimes. Onde as pessoas não elaboraram, não perceberam o crime. Mas elas participaram e tivemos pessoas nesse perfil que foram induzidas, foram levadas a cometer quebra-quebra, quebrar patrimônio público, a ofender, a caluniar, a ameaçar a democracia. E tem outras pessoas que organizaram, que de forma meticulosa, a investigação mostrou, planejada, consciência com o planejamento, para tentar dar um golpe de estado. E, pior do que dar um golpe, eliminar pessoas que pensavam diferente. Presidente e vice-presidente tinham ganho eleição, e alguém da Suprema Corte.
Então, isso não pode passar impune, porque isso levaria uma impunidade. Nesse caso, a repetição disso na história próxima do país. Acho que nenhum de nós defende isso. Nós defendemos a democracia, defendemos o estado de direito, defendemos a paz, somos contra a eliminação de pessoas por discordâncias políticas.
O presidente Lula é o candidato em 2026 à reeleição? Sim, é o nosso candidato a presidente da República em 2026. O presidente, e acho importante fixar isso, tem feito um trabalho fortíssimo de reconstrução do Brasil e acho que nós temos que nos esforçar junto com a Secom, junto com a militância a demonstrar o antes e o depois. O que era esse país até 2022 e o que é esse país hoje, do ponto de vista das relações internacionais, das relações econômicas.
E o senhor, será candidato em 2026? A princípio, eu coloquei meu nome disponível ao PT da Bahia para concorrer a uma vaga ao Senado. E eu conversei com o presidente, ele disse: “Pode colocar o número de discussão, mas nós vamos conversar no início do ano que vem sobre isso”. E eu assim fiz, coloquei meu nome em discussão e, ano que vem, antes de abril, irei conversar com o presidente sobre o momento, naquele momento qual é a posição que nós vamos tomar.
O senhor se vê como presienciável?
Meu candidato a presidente, eu já disse, seu presidente Lula, acho que é quem reúne todas as condições.
Mas e em 2030? Está muito longe para isso. Eu acho o seguinte, algumas funções você não planeja isso, você não sonha isso. Algumas funções na vida e algumas coisas na vida, elas acontecem. Como os astros conspiraram a favor, vamos dizer assim, e elas acontecem. Eu nunca planejei ser governador. Nunca pensei ao longo da minha vida de ser governador. (…)
Eu acho que você tem que trabalhar com seriedade. Eu disse ontem uma pessoa, vou repetir hoje aqui nessa entrevista, eu me sentirei extremamente realizado, um dever cumprido, se eu chegar em março, em abril do ano que vem, eventualmente para sair candidato a senador pelo estado da Bahia, se nós tivermos encaminhado, com sucesso, esse projeto político de reconstrução do Brasil, de tornar um Brasil próspero, um Brasil que os brasileiros sonham e que o presidente Lula tá reconstruindo.
E acho que ele tem a força e a imagem internacional e nacional de uma pessoa que tem capacidade para fazer isso. E o mundo hoje é mais desafiador do que foi no primeiro mandato, no segundo mandato do presidente. Muito mais desafiador. O momento no mundo é muito mais conflitado. Basta ver, inclusive, as últimas posições do presidente dos Estados Unidos, que inclusive, deixa antigos aliados perplexos com as declarações dele, a exemplo da Europa. O mundo se tornou muito mais difícil, desafiador e, por isso, mais do que nunca, eu acho que ele (Lula) cumpre um papel extraordinário. Uma das vozes hoje ouvida no mundo inteiro e que cumpre um papel muito forte para o futuro do Brasil.
A 47ª edição do GDF Mais Perto do Cidadão, programa da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), esteve na Estrutural entre sexta-feira (21) e sábado (22), levando diversos serviços públicos para a população da região. Em clima de Carnaval, cerca de 6 mil pessoas passaram pelo local nos dois dias de evento. Além de atendimentos essenciais, como a emissão da segunda via de documentos, os participantes contaram com exames de saúde, uma oficina de tiaras de Carnaval e o curso Protagonista da Casa, voltado para diaristas, empregadas domésticas e donas de casa que desejam aprimorar suas técnicas e aumentar a renda.
Os serviços gratuitos oferecidos na 47ª edição do GDF Mais Perto do Cidadão, realizada na Estrutural, atraíram cerca de 6 mil pessoas aos dois dias de evento | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília
A vice-governadora Celina Leão ressaltou que o GDF Mais Perto do Cidadão atende à população mais vulnerável perto de suas casas, o que facilita o acesso a serviços essenciais e a oportunidades oferecidas durante cada edição do projeto. “Nós levamos atendimento à porta dos cidadãos. É um trabalho relevante, que faz a diferença na vida de quem busca os serviços que são oferecidos. Temos certeza de que poder contar com tudo isso perto de casa faz com que muitas pessoas que antes não teriam acesso possam ser beneficiadas com as iniciativas”, observou.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou as iniciativas que fomentam a geração de renda como um diferencial do GDF Mais Perto do Cidadão. “Estamos muito atentos para fomentar a inclusão produtiva dessas mulheres e homens, como determinou o governador Ibaneis Rocha, para gerarmos renda para a população e termos um DF cada vez melhor”, afirmou a gestora.
O projeto Um Novo Olhar para a Melhor Idade marcou presença no evento, com exames oftalmológicos completos e doação gratuita de óculos para pessoas idosas. A iniciativa da Sejus-DF, em parceria com a ONG Renovatio, ofereceu exames como pressão intraocular, autorrefração, retinografia, biomicroscopia e fundoscopia, além de consulta com oftalmologista e entrega de óculos para todos os participantes. No total, 3,5 mil idosos serão atendidos gratuitamente nos próximos meses pelo projeto.
O vigilante Timóteo Ribeiro, 54 anos, aproveitou a oportunidade para fazer os exames de vista e gostou bastante de todo o processo – da triagem ao atendimento recebido pela equipe. “Foi muito bom o atendimento. O pessoal nos trata muito bem. A gente não tem condições de comprar óculos e armação e, aqui, é tudo de graça, realmente muito bom”, elogiou o morador da Estrutural, que saiu do evento com seus óculos novos.
Ao longo dos dois dias, tutores de pets também puderam vacinar seus bichinhos de estimação no evento. O publicitário e massoterapeuta Fernando Luis Reis Lima, de 60 anos, levou seus dois cachorros para serem imunizados contra a raiva. Ele recomenda o serviço oferecido e alerta sobre a importância de manter a saúde dos animais em dia.
“Aqui na Estrutural, há muitos animais que precisam desse tipo de serviço. É muito importante que os donos de pets não esqueçam de vacinar seus animais, principalmente com essa facilidade que temos aqui”, disse, ao se referir ao GDF Mais Perto do Cidadão.
Juntos há três anos, Elisângela Dias e João Batista Marins aproveitaram o evento para se inscrever no Casamento Comunitário: “É maravilhoso. A gente sempre quis isso”, comentou o noivo
No local, também havia um espaço exclusivo para os casais que sonham em oficializar a união se inscreverem no programa Casamento Comunitário. Em 2025, a ação da Sejus-DF oficializará a união de 600 casais em quatro edições. A primeira cerimônia será no dia 23 de março.
Juntos há cerca de três anos, a dona de casa Elisângela Dias, 47 anos, e o pedreiro João Batista Marins, 51, vão realizar o sonho do matrimônio. Eles fizeram a inscrição para o Casamento Comunitário e agora aguardam o tão esperado momento da celebração.
“Faz bastante tempo que a gente quer casar e não consegue. Agora que temos a oportunidade, queremos oficializar o casamento”, conta a dona de casa. O futuro marido, muito emocionado, afirma que, se não fosse a iniciativa, seria muito mais difícil formalizar a união. “É maravilhoso. A gente sempre quis isso”, resumiu.
Com o objetivo de aliar cuidados com a saúde ao bem-estar da população, a Unidade Básica de Saúde (UBS) 7 do Paranoá, localizada na região do Café sem Troco, realizou neste sábado (22) uma festa de Carnaval. Durante o evento, os participantes tiveram acesso a serviços de prevenção a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) enquanto aproveitavam momentos de lazer.
Ampliando o cuidado para além da saúde física, a UBS 7 do Paranoá realizou uma festa de carnaval e ofereceu testagem rápida para ISTs | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF
A equipe da UBS ofereceu testagem rápida para HIV e sífilis, além de orientações gerais sobre infecções sexualmente transmissíveis. Também foram distribuídos preservativos, lubrificantes e kits odontológicos. O evento contou ainda com palestras educativas, sorteio de brindes e música ao vivo, proporcionando um ambiente animado e acolhedor.
A coordenadora da unidade, Juliana Marques Oliveira, destacou a importância da iniciativa para a comunidade: “Esta é uma região onde muitas pessoas vivem em situação de vulnerabilidade, e nem todos têm o costume de comemorar o Carnaval. Decidimos criar esse momento festivo e, ao mesmo tempo, promover ações de saúde relacionadas à temática, como a testagem para ISTs”.
Entre os participantes, Maria Ivone da Silva, de 56 anos, elogiou a iniciativa e aproveitou a oportunidade para realizar a testagem gratuita. “Achei tudo muito bom, o povo estava animado. Quando meu menino me falou do evento, decidi participar. Quero aproveitar até o final”, contou.
Maria Ivone da Silva realizou a testagem rápida para HIV e sífilis, e aproveitou a festa: “Achei tudo muito bom, o povo estava animado”
Serviços
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) disponibiliza gratuitamente preservativos, lubrificantes e materiais informativos em diversos pontos, como as 176 UBSs, o Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) e a Unidade de Testagem e Aconselhamento (Utai). Os endereços estão disponíveis no site da SES-DF por meiodeste link. A testagem rápida para ISTs também pode ser realizada em qualquer um desses locais.
Em média, 3 milhões de mulheres de 40 a 49 anos fazem mamografias todos os anos por meio de planos de saúde no Brasil. No Distrito Federal, a média é de 29 mil mulheres anualmente, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O número é expressivo e mexe com uma parcela da população que se sentiu ameaçada após a agência lançar uma consulta pública para elaborar um selo de qualidade para as boas práticas em planos de saúde.
Um dos pontos levantados pela agência era certificar positivamente planos que fazem o rastreio do câncer de mama em mulheres a partir dos 50 anos a cada dois anos. A iniciativa gerou ruído e entidades dividem opiniões se a medida poderá dificultar ou não o acesso à mamografia para as mulheres na faixa dos 40 a 49 anos.
Os grupos voltados para mastologia e saúde estão em processo de elaboração de um documento para subsidiar a agência para ampliar a certificação de boas práticas aos planos que ofertarem o exame para pacientes partir dos 40 anos. O texto deve ser enviado até o fim de fevereiro.
De acordo com a ANS, a cobertura para a mamografia é obrigatória – sem limitação de idade – e tem que ser realizada sempre que houver indicação do médico e não pode haver negativa por parte das operadoras dos planos de saúde. A agência garante que não haverá mudanças nesse tipo de realização dos exames.
O Metrópoles levantou o número de mulheres, de 40 a 49 anos, que fizeram mamografia no país e por unidade da federação nos últimos seis anos.
Veja os dados:
Preocupações de especialistas
Apesar da garantia da agência, o assessor especial da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o mastologista Ruffo Freitas Júnior, segue preocupado. Para ele, ter uma idade definida orientando os limites pode servir de base para negar os pedidos que estão fora deste rol.
“Eles não estão proibindo, é verdade, essas mulheres de fazer mamografia, mas certamente haverá uma quantidade enorme de negativos. Lembrando que essas mulheres pagam seu plano de saúde”, destacou.
1 de 16
Câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser diagnosticada em homens
Sakan Piriyapongsak / EyeEm/ Getty Images
2 de 16
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico
Science Photo Library - ROGER HARRIS/ Getty Images
3 de 16
Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos
Jupiterimages/ Getty Images
4 de 16
Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira
wera Rodsawang/ Getty Images
5 de 16
Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas
Boy_Anupong/ Getty Images
6 de 16
O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada
Annette Bunch/ Getty Images
7 de 16
Faça o autoexame. Em frente ao espelho, tire toda a roupa e observe os seios com os braços caídos. Em seguida, levante os braços e verifique as mamas. Por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície dos seios
Metrópoles
8 de 16
A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça. Em seguida, apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita. Repita os passos no seio direito
Metrópoles
9 de 16
A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido
Saran Sinsaward / EyeEm/ Getty Images
10 de 16
Por fim, deitada, coloque a mão esquerda na nuca. Em seguida, com a mão direita, apalpe o seio esquerdo verificando toda a região. Esses passos devem ser repetidos no seio direito para terminar a avaliação das duas mamas
FG Trade/ Getty Images
11 de 16
Mulheres após os 20 anos que tenham casos de câncer na família ou com mais de 40 anos sem casos de câncer na família devem realizar o autoexame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente a doença
AlexanderFord/ Getty Images
12 de 16
O autoexame também pode ser feito por homens, que apesar da atipicidade, podem sofrer com esse tipo de câncer, apresentando sintomas semelhantes
SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
13 de 16
De acordo com especialistas, diante da suspeita da doença, é importante procurar um médico para dar início a exames oficiais, como a mamografia e análises laboratoriais, capazes de apontar a presença da enfermidade
andresr/ Getty Images
14 de 16
É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama não indica, necessariamente, que um câncer está se desenvolvendo. No entanto, se esse nódulo for aumentando ao longo do tempo ou se causar outros sintomas, pode indicar malignidade e, por isso, deve ser investigado por um médico
Westend61/ Getty Images
15 de 16
O tratamento do câncer de mama dependerá da extensão da doença e das características do tumor. Contudo, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica
Peter Dazeley/ Getty Images
16 de 16
Os resultados, porém, são melhores quando a doença é diagnosticada no início. No caso de ter se espalhado para outros órgãos (metástases), o tratamento buscará prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente
Burak Karademir/ Getty Images
O especialista também apontou o risco na identificação da doença em caso de ser diagnosticada tardiamente. “Além de prejudicar o tratamento da mulher, aumenta também os custos de planos de saúde porque em vez de lidar com uma mamografia e uma cirurgia simples, em casos em que a doença está avançada, o tratamento será com quimioterapia”, explica.
Em contrapartida, o coordenador de Projetos e Relações Institucionais da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Alexandre Rodrigues, acredita que a orientação da idade a partir dos 50 anos não vai impedir que mulheres mais novas façam os exames.
“Não é no sentido de que vai restringir o que já faz, porque hoje você tem, claro, talvez algumas mulheres mais conscientes que já buscam fazer o exame, solicitar o exame e o médico libera e isso vai continuar”.
Contudo, para ele, o selo de boas práticas tinha que vir a partir do momento em que se estimula mulheres a partir dos 40 anos a fazer o exame. “O ideal é mudar essa política, de ensinar que não precisa esperar chegar aos 50, até porque 40% dos diagnósticos acontecem em mulheres abaixo dos 50 anos.”
ANS se baseia em orientações no SUS
Caso a iniciativa siga como foi apresentada inicialmente, as operadoras de saúde receberiam certificados de boas práticas ao dar o mesmo nível de atenção que atualmente é dado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que é a partir dos 50 anos.
Os especialistas, no entanto, acreditam que o modelo implantado na rede pública não é mais indicado e que o ideal seria que o SUS usasse também a partir dos 40 anos.
“Pelo SUS, cerca de 54% dos diagnósticos apresentam um tumor acima de 5 centímetros, enquanto pelos planos de saúde, o diagnóstico para tumores acima de 5 centímetros é 32% dos casos”, defendeu o Ruffo Freitas. “A ANS usa estudo do INCA que embasa o Ministério da Saúde também, mas é um retrocesso enorme, já que não há um estudo randomizado no Brasil e todas as pesquisas internacionais indicam que é o melhor é a partir dos 40 anos”, completou.
Segundo o Inca, a mamografia de rastreamento pode ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos. São eles:
Falso positivo: suspeita de câncer de mama, sem que se confirme a doença. O alarme falso gera ansiedade e estresse, além da necessidade de outros exames;
Falso negativo: câncer existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). O erro gera falsa segurança à mulher;
Overtreatment: ser diagnosticada e submetida a tratamento, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama), quimioterapia e/ou radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama;
Exposição aos raios-X: a mamografia é uma radiografia das mamas feita por um equipamento de raio-X chamado mamógrafo. Raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição. “Esse dado não deve desestimular as mulheres a se submeterem à mamografia, já que a exposição durante o exame é bem pequena, tornando o método bastante seguro para a detecção precoce”, diz o próprio Inca.
Segundo a ANS, ainda não há nenhuma mudança nos protocolos seguidos, e vale a regra das mamografias a partir dos 40 anos. A entidade destaca ainda que as consultas públicas são exatamente a oportunidade de o público contribuir nas tomadas de decisões.
A consulta pública foi encerrada em fevereiro e recebeu mais de 60 mil sugestões de todo o país. De acordo com a ANS, a iniciativa da Agência é incentivar as operadoras a adotarem boas práticas na atenção à saúde de seus beneficiários e chamar a atenção para a importância da prevenção de diversos tipos de câncer. “Não há, portanto, qualquer mudança em relação aos direitos e garantias de cobertura já adquiridos”.
22/02/2025 às 15:57, atualizado em 22/02/2025 às 15:59
Projeto social oferece aulas gratuitas de beach tennis para a população, após recuperação do espaço
Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo
Até pouco tempo, um terreno no Conjunto A da QNM 21/23, em Ceilândia, era utilizado para descarte irregular de lixo. No entanto, graças a um esforço conjunto entre órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) e a comunidade, o local foi revitalizado e passou a abrigar um projeto social que oferece aulas gratuitas de beach tennis para pessoas em situação de vulnerabilidade.
As aulas gratuitas de beach tennis na arena da QNM 21/23, em Ceilândia, ocorrem todas as sextas-feiras em três horários: das 7h às 7h50, das 8h às 8h50 e das 9h às 9h50 | Foto: Divulgação/Novacap
Antes de se tornar uma arena esportiva, o espaço passou por uma série de melhorias, incluindo limpeza geral, pintura de meio-fios e instalação de equipamentos, com o trabalho da Administração Regional de Ceilândia e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap).
Agora, por meio de uma iniciativa do Instituto Reciclando o Futuro, em parceria com o Instituto Calango Urbano, a população local tem acesso a aulas gratuitas de beach tennis.
Embora a modalidade seja frequentemente associada a um público de elite, devido aos custos elevados com mensalidades, equipamentos e aluguel de quadras, o projeto torna o esporte acessível a todos que desejam participar.
“Trata-se de uma soma de esforços com o objetivo de oferecer, por meio do esporte, mais qualidade de vida e um novo olhar sobre a realidade para aqueles que, de outra forma, não teriam condições financeiras de praticá-lo”, destaca Renata D’Aguiar, fundadora do Instituto Reciclando o Futuro.
As aulas ocorrem todas as sextas-feiras em três horários: das 7h às 7h50, das 8h às 8h50 e das 9h às 9h50. Todo o material esportivo necessário, incluindo raquetes e bolas, é fornecido aos participantes.