O turismo nacional brasileiro segue demonstrando um crescimento significativo em 2024, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outubro, a atividade turística registrou avanço de 8,5%, em relação ao mesmo período de 2023, consolidando o quinto resultado positivo consecutivo nessa base de comparação.
O desempenho do setor, que também mostrou alta mensal de 4,7%, na comparação entre setembro e outubro deste ano, indica que o setor não apenas se recuperou do impacto da pandemia, mas também está em franca expansão.
"Os sucessivos resultados positivos ressaltam não apenas a consolidação do turismo ao longo do ano, mas também a capacidade que o setor tem na sustentação do crescimento, impactando na geração de renda e emprego em todo o país", ressalta o ministro do Turismo, Celso Sabino.
O segmento de transporte desempenhou um papel essencial no impulso ao índice turístico em outubro de 2024, com destaque para o aéreo, que registrou uma alta de 27,1%. O terrestre cresceu 1,6% e o aquaviário, 0,7%, refletindo uma ampliação na conectividade entre destinos e no acesso aos turistas. Além disso, os serviços auxiliares, como armazenagem, tiveram alta de 2,6%, reforçando a infraestrutura logística necessária para o aumento do fluxo turístico. Esses avanços foram acompanhados por uma maior demanda em hospedagem e alimentação, que continuam sendo pilares importantes na expansão do setor.
No acumulado de janeiro a outubro de 2024, o volume de serviços apresentou crescimento de 3,2% em relação ao mesmo período de 2023, com o setor turístico desempenhando papel central nesse avanço.
REGIONALIZAÇÃO – Os resultados regionais, destacados pela pesquisa do IBGE, mostram uma dinâmica variada entre os estados brasileiros. Em outubro de 2024, o Ceará liderou o crescimento entre os estados analisados, com uma alta de 12,3%, impulsionado pela forte procura por destinos de sol e praia. Em seguida vem Minas Gerais, com aumento de 9,1%, graças ao turismo histórico e eventos regionais. Já o Rio de Janeiro registrou um avanço de 7,8%, refletindo o impacto de eventos internacionais e a revalorização do turismo urbano.
No Sul do país, o Rio Grande do Sul destacou-se com uma alta de 6,5%, impulsionado pelo retorno das atividades do Aeroporto Salgado Filho, aos festivais sazonais e à crescente demanda pelo segmento rural.
"Esses resultados mostram como cada estado tem aproveitado suas características locais para atrair turistas e contribuir significativamente para o desempenho nacional do setor", complementa o ministro.
APOIO – Na última quarta-feira (11.12) o ministro do Turismo, Celso Sabino anunciou mais um aporte via Fundo Geral do Turismo (Novo Fungetur) para auxiliar empreendedores do setor. Ao todo foram liberados R$ 452 milhões. Com esse novo montante, o volume total neste ano ultrapassa R$ 1 bilhão.
Do novo valor anunciado, R$ 172 milhões serão usados para apoiar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontecerá no ano que vem em Belém (PA). O evento promete colocar o Brasil no centro das discussões globais sobre turismo sustentável. Ao todo, o MTur destinou R$ 322 milhões com o foco na COP30 neste ano.
As empresas do setor de turismo do Rio Grande do Sul, impactadas pelo estado de calamidade pública, terão mais R$ 100 milhões de apoio à recuperação do setor, duramente afetado por desastres climáticos recentes, totalizando R$ 200 milhões.
E, para a temporada de verão, que promete aquecer o turismo brasileiro, são R$ 180 milhões para que empreendedores turísticos de todo o Brasil possam preparar os seus negócios para este período, promovendo experiências inesquecíveis para turistas nacionais e internacionais.
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