Por: Jornalista Kelven Andrade
Pelo segundo dia consecutivo, o céu de Brasília amanheceu nesta segunda-feira (26/8) encoberto por uma espessa névoa causada pela fumaça de queimadas provenientes de outras regiões do país. Ao sair de casa, os brasilienses se depararam com um horizonte curto e um céu cinzento, dificultando a visibilidade a poucos quilômetros de distância.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), essa situação é resultado das queimadas em áreas próximas, combinadas com o clima seco e a baixa umidade típicos desta época do ano. O Inmet alertou que a fumaça deve persistir nos próximos dias, agravando as condições ambientais na capital federal.
A névoa que paira sobre Brasília é consequência direta dos incêndios no estado de São Paulo e da seca severa que atinge o Cerrado, onde a falta de chuvas já ultrapassa 120 dias. Em 2024, os focos de incêndio bateram recorde em várias regiões do país, incluindo a Amazônia, o Pantanal e o Sudeste. Em São Paulo, o problema se intensificou recentemente, com 21 cidades registrando incêndios ativos e 46 municípios em alerta máximo.
Cuidados Essenciais
Com o agravamento da situação, as autoridades de saúde destacam a importância de medidas preventivas para proteger a população dos efeitos nocivos da fumaça. O Ministério da Saúde recomenda:
- Hidratação: Aumentar a ingestão de água e líquidos para manter as vias respiratórias úmidas.
- Permanência em locais fechados: Reduzir o tempo de exposição à fumaça, ficando em casa sempre que possível, preferencialmente em ambientes com ar condicionado ou purificadores de ar.
- Isolamento de poluentes externos: Manter portas e janelas fechadas para evitar a entrada de poluição, especialmente nos horários de maior concentração de partículas.
- Evitar exercícios ao ar livre: Suspender atividades físicas ao ar livre, especialmente entre 12h e 16h, período em que os níveis de ozônio são mais altos.
- Uso de máscaras: Utilizar máscaras, como as cirúrgicas ou de pano, para reduzir a inalação de partículas grossas, especialmente para aqueles que vivem próximos a áreas afetadas por queimadas.
Essas precauções são especialmente importantes para grupos vulneráveis, como crianças menores de 5 anos, idosos acima de 60 anos e gestantes. Caso surjam sintomas respiratórios ou outras complicações de saúde, é fundamental buscar atendimento médico imediato.
O cenário preocupante reforça a necessidade de ações coordenadas para o combate às queimadas e a proteção da saúde pública. As autoridades continuam monitorando a situação e emitindo alertas à população.
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