por: poliane ketlen
O Ministério da Saúde anunciou a incineração de 6,4 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 que perderam a validade. Esses lotes, fabricados pela Janssen utilizando tecnologia de vetor viral, estavam avaliados em R$ 227 milhões.
As vacinas incineradas haviam sido estocadas pelo Ministério da Saúde desde dezembro de 2021 e perderam a validade entre setembro e outubro de 2023. A tecnologia de vetor viral, usada nas vacinas da Janssen, perdeu popularidade no Sistema Único de Saúde (SUS) com a chegada de imunizantes baseados em RNA mensageiro, como os desenvolvidos pela Pfizer e Moderna, que passaram a ser preferidos.
Apesar do desperdício significativo, o Ministério da Saúde afirmou ter tomado medidas para minimizar a perda de vacinas. Segundo a pasta, a incineração das doses vencidas foi uma decisão necessária para garantir a segurança e a eficácia do programa de imunização contra a COVID-19.
O valor das vacinas descartadas, R$ 227 milhões, reflete o custo de um investimento que, devido a circunstâncias de validade e mudanças na preferência tecnológica, não pôde ser aproveitado. Este incidente levanta questões sobre a gestão de estoques e a logística de distribuição de vacinas no país.
Em resposta ao ocorrido, o Ministério da Saúde destacou os esforços contínuos para otimizar a distribuição e utilização de vacinas, bem como a importância de investir em tecnologias mais recentes e eficazes. A transição para vacinas de RNA mensageiro é vista como uma evolução no combate à pandemia, embora tenha contribuído para a obsolescência dos lotes descartados.
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