Por: Kelven Junio
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) anunciou nesta segunda-feira (29/4) a prisão temporária de 14 policiais militares. Esses PMs são suspeitos de envolvimento em um caso de agressão e tortura contra um colega de farda durante o curso de formação do Batalhão de Choque (Patamo).
A decisão, tomada pela juíza Catarina de Macedo, determinou a prisão do segundo-tenente Marco Aurélio Teixeira, coordenador do curso e citado nominalmente pelo soldado agredido, além de outros treze policiais, cujos nomes foram divulgados.
Entre os militares com prisão temporária decretada estão Gabriel Saraiva, Daniel Barboza, Wagner Santos, Fábio de Oliveira, Elder de Oliveira Arruda, Eduardo Ribeiro, Rafael Pereira Miranda, Bruno Almeida, Danilo Lopes, Rodrigo Dias, Matheus Barros, Diekson Peres e Reniery Santa Rosa.
A magistrada também ordenou busca e apreensão dos celulares dos militares e do comandante do BPChoque, coronel Calebe Teixeira, afastando-o do comando do batalhão até o encerramento das investigações.
Segundo relatos de familiares, as agressões sofridas pelo soldado duraram aproximadamente oito horas, resultando em lesões graves. Ele foi internado na UTI com quadro de rabdomiólise, uma condição que afeta os rins devido à liberação de toxinas pela fibra muscular rompida. Danilo, como identificado, sofreu lesões cerebrais que afetaram sua visão e audição, além de lesões na medula lombar, conforme relatado por seus familiares.
Apesar das agressões, Danilo já recebeu alta hospitalar e se encontra em casa com sua família. Seu advogado, Marcos Barrozo, enfatiza que o soldado foi vítima de atos cruéis que resultaram em lesões físicas graves e traumas psicológicos profundos. O advogado exige uma investigação rigorosa e imparcial sobre o ocorrido, assim como a responsabilização dos envolvidos, ressaltando que o curso de formação, que deveria ser um espaço de aprendizado, transformou-se em um cenário de violência inaceitável.
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