Por: Kelven Junio
No último sábado, 13/04, pescadores que navegavam pela Baía do Maiaú, em Bragança, litoral do Pará, fizeram uma descoberta macabra: corpos foram encontrados dentro de um grande barco à deriva. A embarcação, em estado precário, despertou preocupação e, acionada, a Polícia Federal (PF) assumiu a investigação do caso.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram a dimensão do ocorrido, revelando a presença de corpos no interior do barco. A imprensa local mencionou a possibilidade de cerca de 20 vítimas, já em avançado estado de decomposição, porém, a PF ainda não confirmou oficialmente esse número nem a causa das mortes.
Entre as suspeitas levantadas sobre a identidade das vítimas está a possibilidade de serem refugiados do Haiti, porém, isso ainda não foi confirmado pelas autoridades. Para investigar e identificar os corpos, peritos e papiloscopistas de Brasília estão a caminho do local, com a intenção de utilizar protocolos de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI).
O Corpo de Bombeiros do Pará está programado para resgatar a embarcação durante a maré alta, por volta das 19 horas do mesmo dia. Além disso, o Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para o devido procedimento de necropsia, enquanto uma equipe de Inspetores Navais da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) investiga indícios para a abertura do Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN).
A gravidade do incidente levou o Ministério Público Federal (MPF) a abrir duas investigações: uma na área criminal, com foco em possíveis crimes cometidos e responsabilização penal de autores, e outra de natureza civil, voltada para questões de interesse público e proteção de direitos que não necessariamente envolvem crimes. O caso segue sob forte investigação, com a esperança de trazer respostas para essa trágica situação e justiça para as vítimas e seus familiares.
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