Por: Kelven junio
Em uma iniciativa inovadora no combate à dengue, agentes de vigilância ambiental estão utilizando um dispositivo especial para coletar e exterminar os ovos do mosquito Aedes aegypti. Essa abordagem visa identificar áreas de maior incidência do vetor antes que casos da doença ocorram, permitindo a otimização de recursos e ação preventiva.
Como Funciona o Dispositivo?
O dispositivo em questão é uma ovitrampa, uma armadilha estratégica colocada em 15 pontos considerados fundamentais para a captura de ovos do Aedes aegypti. Essas ovitrampas são instaladas nos quintais das casas, espaçadas entre 200 a 300 metros uma da outra, dependendo do tamanho da população da cidade.
As ovitrampas permanecem nas casas por uma semana. Após esse período, os ovos são coletados, a solução é trocada, e os ovos são encaminhados para o laboratório. Lá, são contados, e o posicionamento da armadilha é registrado no mapa.
A análise dos dados permite a criação de um mapa de calor, identificando áreas prioritárias para a intensificação das ações de combate à dengue. Até o momento, cerca de 2.700 ovitrampas foram instaladas em diversas regiões do DF, contribuindo para um controle mais efetivo e direcionado do Aedes aegypti.
O biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental, Israel Moreira, enfatiza a segurança e eficácia do método, destacando que o inseticida presente na mistura impede o desenvolvimento das larvas do mosquito. Para ele, essa abordagem é fundamental, permitindo a ação antes do surgimento da doença e otimizando recursos humanos e insumos.
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