Nem o tempo nublado tirou a animação e a empolgação da família Leão. Sob o céu encoberto, o bloco Baratinha arrastou a pequena Emily Leão, de apenas 1 ano, e outras centenas de crianças no Parque da Cidade na tarde deste domingo (11). A folia também deu o tom além do Plano Piloto. Vários bloquinhos de Carnaval animaram as regiões administrativas do Distrito Federal.
Fantasiado com a cor preferida da filha, o rosa, e com um boné onde estava escrito “Emily”, o pai da pequena não deixou que a chuva atrapalhasse a programação carnavalesca da família. “Essa é uma oportunidade de curtir com quem a gente ama. É importante estarmos com essa alegria, independentemente da chuva. É a nossa primeira vez no Baratinha e estamos amando. A estrutura é de primeira”, avaliou o técnico em telecomunicações Emerson Euclides, 48.
Há mais de 30 anos desfilando nas ruas do DF, o Baratinha já é tradição para as famílias de muitos brasilienses, como é o caso da balconista Bruna Neves, 29. Ela mora em Ceilândia, e esta já é a quinta vez que marca presença no bloquinho infantil com a filha Laura Neves, 5. Desta vez, a pequena escolheu a fantasia da Arlequina para curtir a folia.
“Eu me preparei a semana inteira para estar aqui hoje com minha mãe e minha filha. Desde cedo a gente estava se organizando. Separamos a capa de chuva também”, revelou. Questionada sobre o que a Baratinha representa para a família dela, Bruna respondeu: “Felicidade, alegria e família”.
O estacionamento 12 do Parque da Cidade foi tomado pelas famílias, que aproveitaram toda a estrutura montada para tornar o Carnaval infantil de 2024 ainda mais especial. Graças à atuação efetiva das forças de segurança, até o momento, a capital federal não registrou nenhum crime violento durante a folia.
Presente nos principais blocos carnavalescos do DF, o secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública, Alexandre Patury, reforçou o pedido para que a população tome cuidado com os próprios pertences: “Até agora estamos com um balanço positivo. Registramos somente crimes de oportunidade, por isso a gente pede aos foliões que tomem cuidado com carteira e celular, principalmente”.
O efetivo empregado para promover a segurança nos eventos também foi notado pelos foliões, que elogiaram a atuação do Governo do Distrito Federal (GDF) durante as festividades.
“É muito importante ter apoio do governo nas festas porque a gente se sente mais seguro, até porque estamos aqui com crianças. Caso aconteça algum incidente, sabemos que seremos socorridos. Fico muito feliz de ver esse apoio do governo, principalmente com relação à organização e à estrutura do evento”, elogiou a corretora Marcela Leão, 31.
Carnaval do Rock
Há 23 anos, o Carnarock traz para o DF um Carnaval diferente para quem quer fugir de samba, axé e pagode, ritmos tradicionais durante a festa. No segundo dia de programação, neste domingo (11), o rock movimentou, pela primeira vez, a Casa do Cantador, em Ceilândia.
“A galera do rock sempre ficava carente durante as folias do Carnaval convencional. O roqueiro tem a tendência de não curtir o que toca nessas festas, então a gente decidiu fazer o Carnarock para atender essa necessidade, e hoje é um sucesso”, revelou o organizador do evento, Ronan Meireles.
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O atendente Mycael de Carvalho Sousa, 18, foi um dos primeiros a chegar. Para ele, o evento o estimula a alcançar os sonhos que tem para o futuro: “Desde sexta-feira que me programo para vir. Eu amo o rock. Se tudo der certo, daqui a dois anos estarei tocando aqui, com a minha própria banda”.
Já para o músico e professor João Oliveira, 53, o Carnarock em Ceilândia representa a pluralidade característica da região administrativa. “O Brasil tem uma diversidade cultural muito grande. Não dá para aprontar em um só estilo nesta época do ano. Ceilândia é múltipla, com uma cultura muito ampla. Esse é o meu bloquinho favorito”, concluiu.
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